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Decretada prisão do empresário Eike Batista por envolvimento na Lava Jato

A Justiça do Rio de Janeiro decretou hoje a prisão preventiva do empresário brasileiro Eike Batista, numa nova fase da operação Lava Jato chamada Eficiência.

Decretada prisão do empresário Eike Batista por envolvimento na Lava Jato
Notícias ao Minuto

14:13 - 26/01/17 por Lusa

Mundo Brasil

Eike Batista é acusado de pagar subornos no valor de 16 milhões de dólares (14,9 milhões e euros) em troca do favorecimento em licitações de obras públicas, que teriam sido vencidas pelas suas empresas num esquema de corrupção liderado pelo ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

O pedido de prisão ainda não foi cumprido porque o empresário brasileiro não estava em casa. Flávio Martins, advogado de Eike Batista, disse à rede de televisão GloboNews que o seu cliente está fora do país, mas deve entregar-se quando regressar.

Numa nota, o Ministério Público (MPF) do Rio de Janeiro informou que o empresário é investigado por corrupção ativa com o uso de contrato fictício.

A Operação Eficiência aprofunda a investigação de um esquema de corrupção usado pelo ex-governador Sérgio Cabral e pelos demais investigados para ocultar mais de 100 milhões de dólares (93,2 milhões de euros) remetidos ao exterior.

"Um objeto das investigações é o pagamento de uma propina de US$ 16,5 milhões ao ex-governador por Eike Batista e pelo advogado Flávio Godinho, do grupo EBX, usando a conta Golden Rock no TAG Bank, no Panamá", explicou o MPF.

O órgão de Justiça brasileiro completou destacando que "esse valor foi solicitado por Sérgio Cabral a Eike Batista no ano de 2010 e, para dar aparência de legalidade à operação, foi realizado em 2011 um contrato de fachada entre a empresa Centennial Asset Mining Fuind, holding de Batista, e a empresa Arcadia Associados, por uma falsa intermediação na compra e venda de uma mina de ouro".

Eike Batista e o ex-governador Sérgio Cabral também são suspeitos de terem cometido atos de obstrução da investigação porque, numa busca num endereço vinculado ao empresário em 2015, foram apreendidos extratos que comprovavam a transferência dos valores ilícitos da conta Golden Rock para a empresa Arcádia.

Nesta ocasião, eles teriam orientado os donos da Arcadia a manterem perante as autoridades a versão de que o contrato de intermediação seria verdadeiro.

"De maneira sofisticada e reiterada, Eike Batista utiliza a simulação de negócios jurídicos para o pagamento e posterior ocultação de valores ilícitos, o que comprova a necessidade da sua prisão para a garantia da ordem pública", frisaram os procuradores corresponsáveis por esta operação.

Além de Eike Batista, a polícia brasileira cumpre nesta quinta-feira mandados de prisão contra mais quatro pessoas.

Outras quatro pessoas ainda foram detidas para depor, mas não ficaram presas.

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