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Vaga de assassínios representa ameaça para o acordo de paz na Colômbia

Uma vaga de assassínios visando líderes e ativistas comunitários na Colômbia poderá ameaçar os esforços para um acordo de paz entre o governo de Bogotá e a guerrilha das FARC, alertou a Organização dos Estados Americanos (OEA).

Vaga de assassínios representa ameaça para o acordo de paz na Colômbia
Notícias ao Minuto

18:35 - 21/11/16 por Lusa

Mundo FARC

Num comunicado divulgado no domingo, hoje citado por agências internacionais, a missão de apoio ao processo de paz na Colômbia, liderada pela OEA, manifestou a sua "preocupação" sobre a segurança de responsáveis e ativistas locais naquele país.

A missão faz referência a um relatório recente que dá conta de 33 responsáveis ou ativistas comunitários assassinados durante este ano.

A OEA sublinhou "as condições de segurança difíceis que enfrentam os membros de organizações locais e comunitárias, pessoas historicamente afetadas pelo conflito" armado entre o governo de Bogotá e os guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), que durou mais de meio século e que fez oficialmente 260.000 mortos, quase sete milhões de deslocados e cerca de 45.000 desaparecidos.

Nas últimas duas semanas, pelo menos quatro pessoas foram assassinadas na província de Caqueta (sul) e uma pessoa na província de Meta (centro), segundo a imprensa local.

Na rede social Twitter, um dos negociadores das FARC do mais recente acordo de paz (concluído este mês em Havana), Pablo Catatumbo, denunciou no domingo "os assassínios sistemáticos de líderes locais".

"Exigimos a aplicação imediata do acordo de garantia de segurança, a guerra suja está de volta", reforçou o negociador na sua conta no Twitter, citado nas agências internacionais.

Também no domingo, o Presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, anunciou a realização de uma reunião "para tomar todas as medidas contra os crimes e as agressões contra líderes locais".

"A paz na Colômbia não pode esperar", escreveu Juan Manuel Santos, laureado este ano com o prémio Nobel da Paz, também na rede Twitter.

Após a rejeição do povo colombiano em referendo (a 02 de outubro) do primeiro acordo de paz entre as FARC e o governo (assinado a 26 de setembro), os negociadores das duas fações voltaram a sentar-se à mesa das negociações e anunciaram, a 13 de novembro, um tratado de paz para salvar o acordo histórico.

As autoridades de Bogotá e as FARC estão a considerar ratificar o novo documento através do Parlamento e não por referendo.

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