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Segundo debate marcado para domingo após semana difícil de Trump

O segundo debate entre os dois principais nomes na corrida à Casa Branca, Hillary Clinton e Donald Trump, está marcado para domingo depois de uma semana particularmente difícil para a campanha do multimilionário republicano.

Segundo debate marcado para domingo após semana difícil de Trump
Notícias ao Minuto

09:10 - 07/10/16 por Lusa

Mundo Eleições

Realizado na Universidade de Washington em Saint Louis, no estado do Missouri (centro dos Estados Unidos), o debate de 90 minutos (transmitido em Portugal na madrugada de segunda-feira) terá algumas diferenças em relação ao primeiro frente-a-frente entre Trump e a rival democrata Hillary Clinton, que aconteceu a 26 de setembro em Nova Iorque.

Será moderado por dois jornalistas -- Anderson Cooper (um dos repórteres mais mediáticos do canal de informação CNN) e Martha Raddatz (correspondente internacional da ABC News) -- e vai incluir perguntas de cidadãos que vão estar assistir na plateia ao debate, segundo informações divulgadas pela Comissão de Debates Presidenciais dos Estados Unidos, o organismo independente que organiza os debates.

Na opinião de analistas e dos seus próprios aliados, Trump está obrigado a impor-se neste segundo frente-a-frente se quer manter as hipóteses de ser eleito para a Casa Branca nas eleições do próximo dia 08 de novembro.

Mas os últimos dias não foram fáceis para a campanha de Donald Trump.

Depois de um primeiro debate dominado pela democrata Hillary Clinton, segundo as sondagens divulgadas logo após o embate, o candidato republicano foi confrontado com uma investigação jornalística do The New York Time que dava conta que teria evitado, de forma legal, pagar impostos durante pelo menos 18 anos ao declarar perdas de 916 milhões de dólares (cerca de 814 milhões de euros) em 1995.

A questão dos impostos de Trump é considerada como fundamental e sensível, atendendo a que o magnata do imobiliário recusou até à data tornar públicas as suas declarações de impostos, uma prática tradicionalmente realizada pelos candidatos à presidência dos Estados Unidos por uma questão de transparência.

Dias depois, o procurador-geral do estado de Nova Iorque, o democrata Eric Schneiderman, ordenou que a Fundação Trump cessasse imediatamente com a recolha de doações, uma vez que não está em conformidade com as leis estaduais.

O empresário também esteve envolvido numa polémica com a ex-Miss Universo Alicia Machado, a quem terá chamado "Miss Piggy".

Nas vésperas do segundo debate, várias sondagens dão sinais de uma derrapagem na campanha eleitoral de Trump. Segundo uma sondagem da empresa Ipsos, com uma amostra de 1.928 adultos norte-americanos, Clinton consegue um apoio de 42 por cento a nível nacional, enquanto Trump obtém 36%.

A vantagem da ex-secretária de Estado aumenta (para 44%) quando não são contabilizados os apoiantes do candidato do Partido Libertário (o terceiro maior partido dos EUA) Gary Johnson e da candidata do Partido Verde Jill Stein.

O site RealClearPolitics, que elabora uma média das sondagens divulgadas nos Estados Unidos, dá a Hillary Clinton uma vantagem de 3,8 pontos percentuais em relação a Trump.

Obrigado a rever a sua estratégia, Trump vai contar neste segundo debate, segundo a imprensa internacional, com a assessoria de Nigel Farage, o ex-líder do UKIP (Partido da Independência do Reino Unido), que está nos Estados Unidos para a ajudar o candidato republicano.

Em agosto, Farage compareceu numa ação de campanha de Trump, afirmando então que não votaria na democrata Hillary Clinton "nem que lhe pagassem".

O primeiro frente-a-frente entre Trump e Clinton foi acompanhado por 84 milhões de telespetadores norte-americanos, o mais visto de sempre.

O terceiro e último debate entre os candidatos presidenciais está agendado para 19 de outubro em Las Vegas (Nevada).

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