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Birmânia elimina lei usada pela junta militar para calar dissidentes

A Birmânia (Myanmar) aboliu hoje uma lei usada pela junta militar para calar ativistas políticos, aprovada em 1950, depois da independência do Reino Unido.

Birmânia elimina lei usada pela junta militar para calar dissidentes
Notícias ao Minuto

13:28 - 04/10/16 por Lusa

Mundo Ativista

A lei - Emergency Provisions Act (Lei de Provisões de Emergência) - previa prisão para quem divulgasse notícias falsas ou não respeitasse a moralidade pública, e até a pena de morte por sabotagem de vias ferroviárias e linhas telefónicas, tornando-se na arma preferida do regime para calar os dissidentes ao longo de mais de 50 anos de poder.

Os deputados da Liga Nacional para a Democracia (NLD, sigla em inglês), liderada pela Nobel da Paz Aung San Suu Kyi, estão a tentar abolir a lei desde que chegaram ao poder, no final de março.

Muitos deles eram antigos ativistas políticos que passaram anos na prisão devido a esta lei.

O presidente do parlamento, Mahn Win Khaing Than, comunicou aos deputados ter sido aprovada legislação que prevê a abolição da lei.

Tentativas anteriores de abolir ou emendar a lei encontraram a oposição dos deputados militares, que ainda controlam um quarto dos assentos no parlamento.

A liberdade tem aumentado progressivamente na Birmânia desde as eleições, que deram uma esmagadora vitória à NDL, a liberdade a centenas de presos políticos e a abolição de várias leis repressivas.

No mês passado, o parlamento birmanês também aboliu uma lei usada pelas autoridades para entrar durante a noite na casa de opositores.

Mas ativistas continuam a denunciar que a legislação da junta continua a ser usada para calar as críticas ao Governo.

Apesar das expetativas de uma nova era de liberdade de expressão com o Governo de Suu Kyi, várias pessoas foram julgadas por difamação desde que a NDL chegou ao poder.

Em setembro, um homem esteve detido nove meses por chamar ao presidente birmanês, Htin Kyaw, "idiota e louco", em comentários publicados 'online', na sequência de uma queixa de um membro da NDL.

Em agosto, um ator birmanês foi sentenciado a quase três anos de prisão por escrever insultos ao exército no seu carro.

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