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Alto-Comissário para os Direitos Humanos pede limitação do veto

O Alto Comissário da ONU dos Direitos do Homem considerou hoje que "a tragédia" que se desenrola na cidade síria de Alepo precisa da "limitação urgente" do direito de veto dos cinco membros permenantes do Conselho de Segurança.

Alto-Comissário para os Direitos Humanos pede limitação do veto
Notícias ao Minuto

11:46 - 04/10/16 por Lusa

Mundo Síria

"Estou firmemente convencido (...) que o Conselho de Segurança das Nações Unidas devia, urgentemente, adotar critérios para impedir membros de usar o veto, quando existem preocupações graves relativamente à possibilidade de crimes de guerra, crimes contra a humanidade ou genocídio", declarou Zeid Ra'ad Al Hussein, em comunicado.

Os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança são os Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido.

"Esta iniciativa crucial vai permitir ao Conselho de Segurança da ONU remeter a situação na Síria para o Tribunal Penal Internacional (TPI)", explicou.

"Este envio seria mais do que justificado dada a impunidade endémica e profundamente chocante que caracteriza o conflito e a amplitude dos crimes cometidos, alguns dos quais podem constituir crimes de guerra ou contra a humanidade", disse.

Perante os crimes cometidos na Síria, o Alto-Comissário e a Comissão de Inquérito da ONU sobre a Síria pediram, em várias ocasiões, que o caso fosse levado ao TPI pelo Conselho de Segurança. Esta possibilidade é pouco provável dada a divisão do Conselho, com a Rússia a proteger o aliado sírio.

"Não podemos esquecer que a destruição de cidades como Varsóvia, Estalinegrado e Dresden, e o horror infligido aos civis, contribuíram grandemente para a criação da ONU. Não podemos permitir-nos falhar em Alepo", cidade no norte da Síria, advertiu o Alto-Comissário.

"Não podemos continuar a falhar a milhares de crianças apanhadas na armadilha desta cidade, à espera de um massacre", disse, sublinhando que, depois de 21 de setembro, centenas de civis foram mortos, incluindo pelo menos 100 crianças.

Zeid Ra'ad Al Hussein insistiu na necessidade de tomar "medidas extraordinárias" para responder "uma avalancha de violência e destruição", na sequência da nova ofensiva do regime sírio e aliados contra as zonas da oposição no leste de Alepo.

Este apelo surge depois de os Estados Unidos terem suspendido, na segunda-feira, as negociações com a Rússia para um cessar-fogo na Síria, após a destruição total do maior hospital do setor rebelde de Alepo, num bombardeamento aéreo.

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