A Real Academia Sueca anunciou hoje que o galardão em Literatura será conhecido a 13 de outubro, um pouco mais tarde do que o calendário habitual.

Atribuído pela primeira vez em 1901, ao francês Sully Prudhomme, o Nobel da Literatura, um dos mais mediáticos ao lado do Nobel da Paz, é sempre anunciado a uma quinta-feira, normalmente na primeira semana de outubro, na mesma semana em que outros quatro galardões criados por Alfred Nobel.

Mas por razões de calendário, o galardão para a área da Literatura será este ano o último a ser anunciado.

A Medicina abre a temporada (segunda-feira, dia 03), a seguir a Física (dia 04), a Química (dia 05), a Paz (dia 07) e a Economia (dia 10).

"Não devemos ver qualquer sinal de desacordo entre os elementos da academia. A realidade é mais simples: os nossos estatutos determinam que devemos reunir-nos quatro quintas-feiras seguidas a partir da última quinta-feira de setembro antes de anunciar o laureado", explicou, em declarações à agência noticiosa francesa AFP, um elemento da academia, Pär Wästberg.

"É aritmética", acrescentou o representante, sublinhando, num tom mordaz, que tal situação aumenta o suspense e a especulação sobre a identidade do vencedor.

O voto formal sobre os últimos cinco autores selecionados ocorre apenas durante a última reunião, algumas horas antes do anúncio oficial. Este ano, qualquer projeção é quase impossível.

O escritor japonês Haruki Murakami é um dos nomes que reúne maior cotação nas previsões. O poeta sírio Adonis e o escritor queniano Ngugi wa Thiong'o também são citados ao lado de autores americanos mundialmente reconhecidos como Don DeLillo, Philip Roth e Joyce Carol Oates.

Outros nomes frequentemente referenciados é o do português António Lobo Antunes e do britânico Salman Rushdie, mas também o albanês Ismail Kadaré, o israelita David Grossman, o francês Milan Kundera e o dramaturgo norueguês Jon Fosse.

Em 2015, a bielorussa Svetlana Alexievitch foi laureada com o Nobel da Literatura.

José Saramago recebeu o Prémio Nobel de Literatura em 1998.

Os prémios Nobel nasceram da vontade do químico, engenheiro e industrial sueco Alfred Nobel (1833-1896) em doar a sua imensa fortuna para o reconhecimento de personalidades que prestassem serviços à humanidade.

O inventor da dinamite expôs este desejo num testamento redigido em Paris em 1895, um ano antes da sua morte. Os prémios foram atribuídos pela primeira vez em 1901.