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Antigo presidente diz que país precisa de coragem para enfrentar crises

O antigo Presidente moçambicano Joaquim Chissano defendeu hoje em Maputo que o país deve reunir coragem para superar as crises que enfrenta atualmente, consolidando as conquistas da independência.

Antigo presidente diz que país precisa de coragem para enfrentar crises
Notícias ao Minuto

14:15 - 25/09/16 por Lusa

Mundo Moçambique

Falando aos jornalistas, no final da visita à Praça dos Heróis, por ocasião do 52.º aniversário do início da luta armada contra o colonialismo português, Chissano assinalou que o país não se deve deixar abater pelo medo, face à crise económica e financeira e à instabilidade militar que assola o centro e norte do país.

"Os moçambicanos devem resolver os seus problemas mas sem medo, porque sempre há de haver qualquer coisa de mal", ressalvou o antigo chefe de Estado moçambicano, entre 1986 e 2005.

Os moçambicanos, continuou Joaquim Chissano, devem encontrar as melhores soluções para os seus problemas, esforçando-se sempre por minimizar as dificuldades.

Por seu turno, o coordenador dos mediadores internacionais nas negociações em curso pela busca da paz entre o Governo moçambicano e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal partido de oposição, Mario Raffaelli, apontou a necessidade de o país voltar à estabilidade, como caminho para o desenvolvimento.

"Se não há paz, não haverá condições para resolver os problemas que o país enfrenta", destacou Raffaeli, nomeado para a função de mediador do conflito moçambicano pela União Europeia (UE).

O dia 25 de Setembro é considerado em Moçambique dia das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) por oficialmente ter sido nessa data, em 1964, que se deu o início da luta armada contra o regime colonial português e que se prolongou por um período de dez anos, até à assinatura, a 07 de setembro de 1974, do Acordo de Lusaka.

O Acordo de Lusaka foi assinado entre o Governo português e a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, e preparou a transição para a independência do país em 25 de junho de 1975.

O dia das FADM é comemorado este ano num contexto em que o país é assolado pela violência militar entre as Forças de Defesa e Segurança e o braço armado da Renamo, devido à recusa do movimento em aceitar a derrota nas eleições gerais de 2014.

O principal partido da oposição exige governar em seis províncias do centro e norte do país onde reivindica vitória no escrutínio, acusando a Frelimo de ter cometido fraude.

Em paralelo com a instabilidade militar, Moçambique está também a ser acossado por uma crise económica e financeira, devido a uma queda dos preços das matérias-primas no mercado internacional, calamidades naturais, acentuada desvalorização da moeda, derrapagem na inflação e uma espiral da dívida pública, causada pela descoberta de dívidas acima de mil milhões de euros contraídas pelo anterior Governo entre 2013 e 2014 à revelia da Assembleia da República e das instituições financeiras internacionais.

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