Martin Schulz quer Brexit antes das eleições europeias de 2019
O presidente do Parlamento europeu, Martin Schulz, apelou hoje a Londres para acionar "o mais breve possível" o processo de separação com a União Europeia (UE) para uma saída efetiva do Reino Unido antes das eleições europeias de 2019.
© Reuters
Mundo Parlamento Europeu
"Apelo à primeira-ministra [britânica Theresa] May que anuncie o mais cedo possível a saída do Reino Unido da UE", disse durante um discurso pronunciado perante os estudantes da London Scholl of Economics (LSE).
Ao afirmar que a Europa "não pode manter-se no botão de pausa das atividades da UE" em plena crise de refugiados, alertou contra uma ativação "demasiado tardia" do artigo 50 do tratado de Lisboa que poderia forçar os britânicos a votar nas eleições europeias de 2019.
"Isso seria muito difícil de explicar aos cidadãos britânicos e europeus", considerou o social-democrata alemão.
O Governo britânico de Theresa May afirmou, sem mais precisões, que não pretende ativar o artigo 50 antes do final de 2016.
Após o início deste procedimento, estão previstos dois anos de negociações para o abandono efetivo do país.
"Deixo Londres com o sentimento que o Governo está indeciso sobre como e quando devem ativar o artigo 50", declarou ainda Martin Schulz, acrescentando ainda que a saída do Reino Unido é "um desastre" para a UE e o país, "uma situação perdedor-perdedor".
Schulz sublinhou que "o Reino Unido tem necessidade de uma UE unida e não dividida para obter um bom acordo de Brexit".
Apesar de reconhecer que o início do processo de divórcio necessita de uma separação, receia que um atraso demasiado longo conduzam a UE e o Reino Unido a "refugiarem-se nas suas respetivas posições".
Por outro lado, interrogado pela agência noticiosa France-Presse sobre o seu possível abandono da presidência do Parlamento europeu, remeteu a questão para mais tarde.
"Envolvo-me de manhã à noite para encontrar soluções aos problemas que enfrentamos. Sobre a minha carreira pessoal, veremos mais tarde", disse.
Martin Schulz cumpriu um primeiro mandato de 30 meses e foi reeleito por um mesmo período na sequência das eleições europeias de julho de 2014, com o voto dos eleitos conservadores, a que prometeu ceder o cargo em janeiro de 2017.
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