Usadas bombas de gás lacrimogéneo contra manifestantes a favor de Dilma
Agentes da Polícia Militar usaram bombas de gás lacrimogéneo contra manifestantes contrários à destituição da Presidente suspensa, Dilma Rousseff, que protestavam segunda-feira no centro de São Paulo, no Brasil.
© Reuters
Mundo Polícia
Luciana Venezian, de 35 anos, foi até à Avenida Paulista tentar acompanhar o protesto e disse à agência Lusa que o clima estava tenso, com muitos agentes fazendo duas linhas de barreiras para impedir os manifestantes de se movimentarem.
"Os policiais estavam soltando bombas de gás na direção dos manifestantes concentrados na frente do MASP [Museu de Arte de São Paulo]. Acho que a intenção da polícia é acabar com o protesto", relatou.
O grupo, convocado pelos movimentos Povo Sem Medo e pela Frente Brasil Popular, ocupava os dois sentidos da Avenida Paulista, a principal avenida da cidade de São Paulo, quando foi bloqueado pela polícia.
Segundo o major Teles, citado pelo portal de notícias G1, o bloqueio ocorreu porque os manifestantes não informaram o itinerário da marcha.
Imagens difundidas pela imprensa local mostram manifestantes a colocar fogo em latas de lixo e garrafas na Avenida Paulista.
Segundo o G1, ocorreram protestos contra o afastamento da Presidente com mandato suspenso em, pelo menos, nove estados - Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, São Paulo - e no Distrito Federal, onde fica a capital, Brasília.
No centro de Brasília, centenas de pessoas realizaram uma marcha ao final da tarde para apoiar a Presidente.
Da parte da manhã, manifestantes levaram rosas, que têm sido apresentadas como um símbolo da democracia e de resistência, e faixas em apoio a Dilma Rousseff para junto do Senado.
Os protestos foram convocados por movimentos sociais e sindicatos, que também criticam o governo interino, liderado por Michel Temer.
Dilma Rousseff foi esta segunda-feira ao Senado responder às perguntas dos senadores no âmbito de um processo que deverá afastá-la definitivamente da Presidência e que tem dividido a população brasileira.
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