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Líder rebelde do Sudão do Sul abandonou o país
O líder rebelde e ex-vice-Presidente do Sudão do Sul, Riek Machar, que estava desaparecido desde o mês passado, deixou o país e refugiou-se num país vizinho, informou hoje a sua fação armada.
© Reuters
Mundo Riek Machar
"Machar chegou com segurança a um país vizinho do Sudão do Sul após uma operação de retirada bem-sucedida e aparecerá nos meios de comunicação nas próximas horas", referiu um comunicado divulgado pela fação rebelde.
A nota, que é assinada pelo antigo ministro da Irrigação do Governo de Unidade Nacional e atual presidente do comité de informação da oposição armada leal a Machar, Mabior Garang, não especifica o país em que está o ex-vice-Presidente.
Garang disse que a fação rebelde está comprometida com a aplicação do acordo de paz assinado com o Governo em agosto do ano passado.
Mabior Garang também disse que estão satisfeitos com a recente resolução do Conselho de Segurança para aumentar a força de paz da ONU no Sudão do Sul.
"Este passo ajudará ao retorno de Riek Machar a Juba para exercer as suas funções como vice-Presidente da República, conforme o estipulado no acordo de paz", disse Garang.
O Conselho de Segurança da ONU aprovou, a 12 de agosto, uma resolução a estipular que entre os 17.000 militares com que contará a missão de paz no Sudão do Sul (UNMISS), haverá 4.000 novos soldados africanos.
Esta decisão foi tomada depois de confrontos entre unidades militares rivais registados na capital, Juba, entre 08 e 11 de julho, que causaram pelo menos 300 mortos e o deslocamento de milhares de pessoas.
Após esses confrontos, Machar fugiu de Juba e foi substituído como vice-presidente do Governo da Unidade nacional por Taban Deng Gai.
O conflito no Sudão do Sul eclodiu em dezembro de 2013, quando o Presidente, Salva Kiir, denunciou uma suposta tentativa de golpe liderada por Riek Machar e, apesar da assinatura de um acordo de paz, em agosto de 2015, está longe de ser resolvido.
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