Cidadã alemã detida após tentativa de golpe na Turquia
As autoridades turcas detiveram uma mulher de nacionalidade alemã após a tentativa de golpe de Estado, a 15 de julho, indicou uma fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão.
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O caso dessa cidadã é "conhecido" no ministério alemão, acrescentou a fonte, confirmando informações avançadas pelo diário de Munique Süddeutsche Zeitung.
De acordo com o jornal, a detenção está relacionada com presumíveis ligações da cidadã alemã ao movimento do teólogo Fethullah Gülen, a quem o Governo turco atribui a autoria moral da tentativa de golpe de Estado militar.
A embaixada alemã em Ancara está há vários dias a tentar contactar a detida, até agora sem êxito, segundo o diário.
Berlim exortou repetidamente Ancara a não adotar medidas "desproporcionadas" após a intentona golpista e a manter-se fiel aos princípios do Estado de Direito.
As relações entre Berlim e Ancara, já tensas nos últimos meses -- após a declaração do parlamento alemão condenando o genocídio arménio -, ficaram ainda mais tensas após a manifestação que reuniu no passado domingo em Colónia 30.000 simpatizantes do Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.
As autoridades alemãs decidiram proibir nesse dia a transmissão de uma mensagem de Erdogan, ao que Ancara reagiu chamando o "número dois" da embaixada alemã no país -- na ausência do embaixador -- para lhe exigir uma explicação.
A chanceler alemã, Angela Merkel, continua, apesar de tudo, a defender o acordo entre a União Europeia (UE) e a Turquia em matéria de refugiados, uma peça importante na busca de soluções para a maior crise migratória na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.
O seu vice-chanceler e ministro da Economia, o social-democrata Sigmar Gabriel, endureceu esta semana o tom e sublinhou que a Europa não deve ceder a chantagens, referindo-se à ameaça do Governo turco de deixar cair o acordo com a UE se Bruxelas não eliminar em breve a exigência de vistos aos seus cidadãos.
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