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China aumenta punição por pesca ilegal nas suas águas

O Supremo Tribunal Popular da China anunciou hoje o aumento das penas por pesca ilegal nas águas do país, incluindo nas áreas do Mar do Sul da China cuja soberania disputa com os países vizinhos.

China aumenta punição por pesca ilegal nas suas águas
Notícias ao Minuto

08:34 - 02/08/16 por Lusa

Mundo processo

A nova regulação surge três semanas depois de o Tribunal Permanente de Arbitragem, com sede em Haia, ter decidido a favor das Filipinas e contra a China no caso das disputas territoriais.

A máxima instância judicial da China assinalou que chineses e estrangeiros poderão ser julgados se "praticarem caça ou pesca ilegal em águas sob jurisdição chinesa".

O texto detalha que "aqueles que entrarem ilegalmente em águas do território chinês e recusarem sair, depois de avisados, ou que voltem a entrar, após terem sido expulsos ou multados, no último ano, serão acusados de atos criminais graves e sentenciados com até um ano de prisão, detenção ou vigilância".

A pena aplica-se também a quem entrar ilegalmente em águas do território chinês para pescar, mesmo que não chegue a praticar aquela atividade, adverte.

Por águas sob a jurisdição da China, o documento refere-se não só às águas exteriores e mares territoriais, mas também a zonas contíguas, zonas económicas exclusivas e placas continentais, que incluem áreas que a China disputa com países vizinhos, como o Vietname, Filipinas e Malásia.

"Os tribunais vão exercer ativamente a sua jurisdição nas águas territoriais da China e apoiarão os departamentos legais para que atuem na administração da lei marítima, protegerão com igualdade os direitos da China e países estrangeiros, salvaguardando a soberania territorial", aponta a normativa.

Pequim reivindica a soberania sobre quase todo o Mar do Sul da China, com base numa linha que surge nos mapas chineses desde 1940, e tem investido em grandes operações nesta zona, transformando recifes de corais em portos, pistas de aterragem e em outras infraestruturas.

Face à decisão do Tribunal de Haia, a China insiste que não aceita a mediação de terceiros, apelando aos países vizinhos que adotem pela negociação bilateral.

Na semana passada, o Ministério da Defesa chinês anunciou que vai realizar exercícios navais conjuntos no Mar do Sul da China, onde os principais focos de tensão são os arquipélagos Paracel e Spratly.

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