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Cabo Verde: "Motivos pessoais" terão estado na origem de massacre

Onze pessoas foram encontradas mortas num posto militar.

Notícias ao Minuto

09:04 - 27/04/16 por Zahra Jivá

Mundo Ilha

Um soldado do destacamento de monte Tchota, na ilha de Santiago, terá assassinado 11 pessoas - oito militares e três civis, dois eram espanhóis.

A imprensa cabo-verdiana rejeita a hipótese de ser um atentado terrorista ou um massacre relacionado com o narcotráfico, depois de se ter especulado que este caso estaria relacionado com o condicionamento dos aeroportos e portos do país.

Na origem do caso estarão motivos pessoais, segundo indicações do ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, recém-empossado no governo de Cabo Verde.

"Um soldado afeto ao próprio destacamento encontra-se desaparecido e há fortes indícios de que o mesmo esteja envolvido", disse o ministro. Esta terça-feira falava-se ainda no encerramento dos aeroportos em Cabo Verde.

O homem já foi identificado como Manuel António Silva Ribeiro, também conhecido por Antany Silva. Os seus familiares já contactaram a polícia, dizendo que o jovem lhes confessou o crime.

Contudo, a Empresa de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) esclareceu que o tráfego aéreo não tinha sido interrompido. Existiam apenas grandes atrasos.

A Rádio Cabo Verde (RCV) revela que a segurança foi reforçada em todo o país, com todos os militares e polícias a serem chamados ao serviço. Neste momento, a Polícia Judiciária, a militar e a nacional já estão a investigar o caso.

As vítimas terão sido atingidas por disparos de uma AKM, arma semelhante à Kalashnikov. Ainda na zona da Cidadela, bairro nobre da cidade da Praia, foi encontrada uma viatura abandonada com nove armas militares, e a suas munições.

O jornal local A Nação revela que estas armas poderão ter sido usadas no assassinato.

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