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Campanha eleitoral na Guiné Equatorial arranca com boicote da oposição

A campanha eleitoral das presidenciais de 24 deste mês na Guiné Equatorial arranca hoje, votação que conta com sete candidatos e que é marcada pelo boicote dos principais partidos da oposição, que denunciaram várias irregularidades na preparação do escrutínio.

Campanha eleitoral na Guiné Equatorial arranca com boicote da oposição
Notícias ao Minuto

07:12 - 08/04/16 por Lusa

Mundo Presidenciais

Teodoro Obiang Nguema, Presidente cessante e no cargo desde 1979, recandidata-se a novo mandato de sete anos, liderando uma coligação de uma dezena de forças políticas, entre elas o Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE, de que é também líder), sendo o principal favorito.

Os candidatos que defrontarão o Presidente cessante são Bonaventura Monsuy Asumu, do Partido da Coligação Social Democrata (PCSD), Carmelo Mba Bakale, da Ação Popular da Guiné Equatorial (APGE), Avelino Mocache Mehenga, da União do Centro Direita (UCD), e três candidatos independentes, cujos partidos ainda não foram legalizados, Agustin Masoko Abegue, Benedicto Obiang Mangue e Tomas Mba Monabang.

A Frente da Oposição Democrática (FOD), coligação que reúne os principais partidos da oposição na Guiné Equatorial, apelou a 23 de março ao boicote das presidenciais, considerando estarem reunidas todas as condições para "fraudes".

O FOD agrupa o principal partido da oposição, a Convergência para a Democracia Social (CPDS), a União Popular (UP), a Força Democrática Republicana (FDR) e o Movimento pela Autodeterminação da ilha de Bioko.

"O resultado é conhecido antecipadamente devido às múltiplas irregularidades e fraudes já preparadas", declarou Esono Onda, secretário-geral da CPDS, único partido da oposição que tem representação parlamentar com um deputado e um senador.

A 26 de março último, Esono Onda disse à Lusa que o partido não reconhecerá o Presidente saído da eleição, pois as ilegalidades são "muitas" e não há condições para que a votação decorra com transparência e com credibilidade.

"Vamos boicotar. Isto não são eleições, mas simplesmente um trâmite para que o Presidente Obiang, que já leva 37 anos no poder, junte mais sete anos. Não vamos às eleições, até porque os resultados são já conhecidos", afirmou Esono Onda.

As eleições presidenciais estavam previstas para novembro, tendo sido antecipadas para 24 de abril por decreto presidencial e sem explicação oficial.

Decano em termos de longevidade no poder dos chefes de Estado africanos, Obiang Nguema, 73 anos, venceu as presidenciais de 2009 com 95,3% dos votos.

O seu regime é regularmente criticado por organizações de defesa dos direitos humanos devido à repressão dos opositores, da sociedade civil e dos meios de comunicação social, assim como pela extensão da corrupção.

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