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Estado Islâmico ainda mais brutal inventa nova tortura para mulheres
Relatos chegam de pessoas que fugiram de Mosul, cidade que está sob domínio do autoproclamado califado desde junho de 2014.
© Reuters
Mundo Mosul
As ruas de Mosul, cidade iraquiana sob domínio do Estado Islâmico, revelam que a opressão é cada vez mais brutal, ao ponto de uma nova tortura estar a ser aplicada. As mulheres são as principais vítimas.
O britânico Independent dá conta das revelações feitas por Fatima, uma mulher de 22 anos que fugiu da cidade, conseguindo chegar sã e salva ao acampamento de refugiados de Mabrouka.
O Estado Islâmico, que aplica uma leitura severa da lei islâmica, pune qualquer mulher que mostre uma pequena parte do corpo ou que circule nas ruas sem ser acompanhada por um homem. E nessas punições usa um objeto descrito como um ‘mordedor’, uma dentadura metálica que arranca pedaços de carne.
A irmã de Fatima ter-se-á esquecido das luvas e foi descoberta por uma patrulha do Estado Islâmico. Um mês depois ainda eram visíveis nos braços a marca dos castigos a que foi sujeita.
Durante os primeiros meses de domínio dos jihadistas, surgiram relatos da competência do Estado Islâmico em tentar manter serviços públicos ativos. Mas o prolongar do conflito, que nos dias que correm se faz acompanhar de bombardeamentos da Rússia e da coligação liderada pelos Estados Unidos, piorou a situação para as populações locais.
Com cada vez mais relatos de falta de combustível e alimentos, bem como a dificuldade em satisfazer outras necessidades básicas, a resposta do Estado Islâmico parece passar pelo aumentar da vigilância e brutalidade.
As execuções públicas são cada vez mais frequentes e é cada vez mais arbitrária e violenta a aplicação das leis impostas pelo Estado Islâmico. Para Fatima, porém, a razão principal para a sua fuga passou pelo facto de o seu filho, um bebé de 11 meses, já estar a passar fome, dá conta o Independent.
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