"Não vamos manter a atual perspetiva (da política para a China)", disse Wang Ming-sheng, em comunicado, numa resposta a um artigo do académico Shao Zong-hai, publicado hoje no diário Zhongguo Shibao.
No artigo, Shao garantiu que a presidente eleita vai manter a atual política de Taiwan para a China, quando tomar posse a 20 de maio próximo.
O porta-voz do PDP sublinhou que Tsai expressou claramente que a sua política para a China vai respeitar a vontade popular, cumprir os princípios democráticos e salvaguardar a liberdade de escolha da população em relação a Pequim, ao contrário da política de Ma Ying-jeou, o seu antecessor.
O respeito da vontade popular e da democracia serão os dois pilares da política de Tsai para a China, que também vai manter a Constituição da ilha, acrescentou Wang.
O novo executivo de Taiwan vai continuar a promover a paz e estabilidade no estreito da Formosa, respeitar os acordos concluídos nas negociações e diálogo dos últimos anos, e a sua política vai ser "consistente, previsível e sustentável", indicou o porta-voz do PDP.
A 20 de maio, Taiwan vai ter, pela primeira vez na sua história, uma presidente do independentista PDP, que contará com uma maioria absoluta no parlamento.
A China exigiu que Tsai mantenha a política do antecessor Ma Ying-jeou.
A ilha é independente desde 1949, data em que os nacionalistas do Kuomintang (KMT) ali se refugiaram depois de terem sido derrotados pelos comunistas, que fundaram, no continente, a República Popular da China.
Pequim considera Taiwan parte da China, que deverá ser reunificada, se necessário pela força.