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Ébola obrigou-os a quebrar tabu mas o país que ajudaram não lhes perdoa

O vírus do Ébola trouxe preocupações para a saúde pública que desafiaram os costumes dos liberianos.

Ébola obrigou-os a quebrar tabu mas o país que ajudaram não lhes perdoa
Notícias ao Minuto

13:11 - 09/12/15 por Notícias Ao Minuto

Mundo Libéria

A Libéria foi dos países que mais sofreu com o surto de Ébola. Em poucos meses, cerca de dois mil corpos foram queimados. O objetivo era conter a propagação do vírus e houve 30 homens designados para o difícil trabalho de queimar corpos. Agora, estes homens sofrem as consequências sociais do que fizeram, a bem da saúde pública.

A história é contada numa reportagem do New York Times que realça os costumes religiosos, muito restritos, deste povo, para quem queimar cadáveres é um autêntico tabu.

Com o vírus a propagar-se, as autoridades da Libéria foram obrigadas a agir. Os 30 homens escolhidos para cumprir esta difícil missão, fizeram o seu trabalho, contando com a proteção das autoridades. O Governo mobilizou inclusive a polícia para proteger estes homens dos protestos que ouviam.

As preocupações com a saúde pública, porém, esbarram na religião. E o jornal nova-iorquino revela agora a história de vários destes homens.

Um deles, Sherdrick Koffa, poucos dias depois de ter começado a queimar corpos, foi obrigado a incinerar o corpo de um amigo de infância. Fez o que lhe competia. Mas desde então, incapaz de lidar com a situação tornou-se alcoólico.

Matthew Harmon, um outro destes jovens que ficou encarregado de queimar corpos, foi rejeitado pela própria família. A mãe disse-lhe mesmo que não o queria voltar a ver, depois de saber do trabalho do filho. E a situação mantém-se até hoje.

A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, chegou a elogiar publicamente estes homens. Mas a sociedade civil, particularmente religiosa, não a acompanhou. E como nota o New York Times, estes homens que fizeram, nas suas próprias palavras "desaparecer" o Ébola do corpo das vítimas, sentiram a rejeição da sociedade. Esão agora eles que se sentem "apagados".

A Libéria foi dos países que mais sofreu com o surto de Ébola. Em poucos meses, cerca de dois mil corpos foram queimados. O objetivo era conter a propagação do vírus e houve 30 homens designados para o difícil trabalho de queimar corpos. Agora, estes homens sofrem as consequências sociais do que fizeram, a bem da saúde pública.

A história é contada numa reportagem do New York Times que realça os costumes religiosos, muito restritos, deste povo, para quem queimar cadáveres é um autêntico tabu.

Com o vírus a propagar-se, as autoridades da Libéria foram obrigadas a agir. Os 30 homens escolhidos para cumprir esta difícil missão, fizeram o seu trabalho, contando com a proteção das autoridades. O Governo mobilizou inclusive a polícia para proteger estes homens dos protestos que ouviam.

As preocupações com a saúde pública, porém, esbarram na religião. E o jornal nova-iorquino revela agora a história de vários destes homens.

Um deles, Sherdrick Koffa, poucos dias depois de ter começado a queimar corpos, foi obrigado a incinerar o corpo de um amigo de infância. Fez o que lhe competia. Mas desde então, incapaz de lidar com a situação tornou-se alcoólico.

Matthew Harmon, um outro destes jovens que ficou encarregado de queimar corpos, foi rejeitado pela própria família. A mãe disse-lhe mesmo que não o queria voltar a ver, depois de saber do trabalho do filho. E a situação mantém-se até hoje.

A presidente da Libéria, Ellen Johnson Sirleaf, chegou a elogiar publicamente estes homens. Mas a sociedade civil, particularmente religiosa, não a acompanhou. E como nota o New York Times, estes homens que fizeram, nas suas próprias palavras "desaparecer" o Ébola do corpo das vítimas, sentiram a rejeição da sociedade. Esão agora eles que se sentem "apagados".

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