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Embaixador dos EUA crê que nenhum país está "verdadeiramente seguro"

O embaixador dos Estados Unidos da América (EUA) em Lisboa alertou hoje que nenhum país está verdadeiramente seguro, e defendeu a necessidade de parcerias alargadas para combater ataques como os de Paris, reivindicados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

Embaixador dos EUA crê que nenhum país está "verdadeiramente seguro"
Notícias ao Minuto

18:53 - 18/11/15 por Lusa

Mundo Robert Sherman

"Portugal é um país seguro, mas nenhum país está verdadeiramente seguro. O terrorismo não reconhece fronteiras. Os Estados Unidos achavam que eram um país seguro até 11 de setembro de 2001, por isso todos os países devem estar vigilantes e devem ter consciência de que estão em risco", disse Robert Sherman, em declarações à agência Lusa.

Falando à margem do seminário "Portugal, NATO e o Novo Arco de Crises", que se realizou na Fundação Luso-Americana para o Desenvolvimento, em Lisboa, o embaixador dos EUA em Portugal frisou que, nesse sentido, "é fundamental criar parcerias alargadas para responder ao tipo de horror e violência como o que aconteceu em Paris na passada sexta-feira".

Para o diplomata o que aconteceu na capital francesa prova que "ninguém no mundo está a salvo de ataques terroristas", acrescentando que os mesmos podiam ter acontecido da mesma maneira noutro país europeu ou nos EUA.

"O resultado (destes ataques) foi galvanizar o mundo para uma ação coletiva da comunidade internacional contra o Estado Islâmico (EI). A França invocou um artigo da Carta da União Europeia e os 28 estados responderam oferecendo ajuda e assistência na campanha para derrotar o Estado Islâmico", sublinhou Robert Sherman.

Contudo, para o embaixador dos EUA em Lisboa a solução para derrotar o autoproclamado Estado Islâmico passa por uma solução política e não apenas militar.

"Provámos que não há soluções militares para estes problemas. O que os militares podem fazer e resolver problemas específicos no terreno de modo a proporcionarem a instituições políticas locais a oportunidade de ganharem raízes. Mas essas instituições têm de funcionar de maneira inclusiva e responder perante o povo. Se não fizerem isso o resultado será o fracasso e Estados falhados. Vimos isso acontecer na Líbia e no Iraque", vincou o diplomata.

Robert Sherman salientou que quando não há instituições fortes no terreno, organizações como o EI instalam-se em zonas como o Iraque ou a Síria, obrigando à intervenção militar.

"E agora há a necessidade de uma campanha militar concertada e coordenada para reduzir as suas capacidades. (O EI) já perdeu território, já perdeu líderes através de ações dos Estados Unidos e dos seus aliados, mas há ainda muito para fazer", avisou o embaixador.

Robert Sherman alertou ainda que o EI "está a entrar numa nova fase da sua guerra de terror", que está a alargar-se para lá da região que controla e a realizar ataques como os que aconteceram em Paris, na semana passada.

O EI reivindicou no sábado, em comunicado, os atentados de sexta-feira em Paris, que causaram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses.

Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.

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