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EUA e Reino Unido pedem fim de Estado de Emergência nas Maldivas

Os Estados Unidos e o Reino Unido manifestaram hoje preocupação pela situação nas Maldivas, onde o Presidente impôs o Estado de Emergência na quarta-feira, e apelaram para a libertação do líder da oposição, Mohamed Nasheed.

EUA e Reino Unido pedem fim de Estado de Emergência nas Maldivas
Notícias ao Minuto

09:22 - 05/11/15 por Lusa

Mundo Preocupação

A decisão do Presidente Abdulla Yameen surge como uma tentativa de impedir uma manifestação da oposição para exigir a libertação de Nasheed, numa altura de grandes tensões neste arquipélago do oceano Pacífico, com 340 mil habitantes.

As autoridades realizaram operações de repressão dos dissidentes, na sequência de duas alegadas tentativas de assassínio do Presidente, nas últimas semanas.

"Os Estados Unidos pedem ao Governo das Maldivas para restaurar imediatamente todas as liberdades constitucionais dos cidadãos, pondo fim ao Estado de Emergência", afirmou John Kerby, porta-voz do Departamento de Estado.

Washington pediu também "o fim das perseguições políticas e detenções, incluindo a do antigo Presidente Nasheed", que está a cumprir, desde o início do ano, uma sentença de 13 anos decidida num julgamento que a ONU considerou ter registado falhas graves.

O Reino Unido, antiga potência colonial das Maldivas, expressou preocupação pela imposição do Estado de Emergência, pela primeira vez em 11 anos.

"Pedimos ao Governo para pôr fim ao atual Estado de Emergência e libertar todos os presos políticos, incluindo o antigo Presidente Nasheed", apelou o Governo britânico, numa declaração hoje divulgada.

A principal força da oposição, o Partido Democrático das Maldivas (MDP, na sigla em inglês), não anunciou ainda se vai manter a manifestação programada para Malé.

O ministro dos Negócios Estrangeiros das Maldivas, Dunya Maumoon, negou já que o Estado de Emergência tenha sido imposto para impedir a realização do protesto em Malé e acrescentou que este não se deverá realizar "por questões de segurança".

Ao abrigo do Estado de Emergência, oito direitos constitucionais foram suspensos, incluindo a liberdade de reunião e de movimento.

Apesar da situação política, o turismo - principal atividade económica do arquipélago - não regista qualquer quebra.

"A situação nas Maldivas é estável", afirmou o Ministério do Turismo, em comunicado.

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