Autoridades haitianas e observadores satisfeitos com processo eleitoral
As autoridades haitianas e os observadores internacionais manifestaram a sua satisfação relativamente ao desenrolar pacífico e à boa organização das eleições presidenciais, legislativas e municipais de domingo e aos índices de participação.
© Reuters
Mundo Haiti
O primeiro-ministro do Haiti, Evans Paul, classificou o processo eleitoral como um "êxito" e considerou que constitui um "triunfo para o país" que deverá ter de esperar dez dias para conhecer os resultados preliminares, segundo anunciou o presidente da Comissão Eleitoral Provisória do Haiti (CEP).
"Alguns terão sido eleitos e outros não. Ninguém terá perdido, o Haiti terá ganhado", assinalou.
A abertura das urnas pautou-se por uma relativa tranquilidade, apesar de incidentes isolados no nordeste do país e atrasos em alguns centros de votação.
Segundo o chefe da polícia nacional haitiana, Godson Orelus, 234 pessoas foram detidas em incidentes durante a jornada eleitoral e foram apreendidas 13 armas de fogo.
Em conferência de imprensa após o encerramento das urnas, o responsável indicou que em oito locais não se realizaram eleições, já que os boletins de voto não chegaram por terem sido intercetados por criminosos.
Para garantir o normal desenrolar das eleições, foram destacados 12 mil efetivos da polícia nacional e da Missão das Nações Unidas para a estabilização do Haiti (Minustah), reforçados com a presença de 'drones' e câmaras de vigilância em centros de votação mais críticos.
A melhoria na organização das eleições também foi determinante para o normal desenrolar da jornada eleitoral de domingo, na opinião da responsável da Missão de Observação da União Europeia para o Haiti (MOE Haiti), Elena Valenciano.
Por seu lado, o chefe da Missão de Observação Eleitoral da Organização dos Estados Americanos (OEA) no Haiti, Celso Amorim, sublinhou a elevada participação, depois de nas legislativas de 09 de agosto apenas 18% dos 5,5 milhões de eleitores terem votado.
A diretora da Fundação Internacional para os Sistemas Eleitorais no Haiti (IFES, na sigla em inglês), Alexandra Rossi, também elogiou o processo e considerou que "o êxito deste dia será o resultado de um trabalho de equipa por parte da instituição eleitoral independente, do Governo, do povo, dos partidos políticos e dos meios de comunicação".
Uma vez finalizada a votação, caravanas da Minustah recolheram as urnas nos centros de votação para ser iniciada a contagem dos votos.
Cerca de 5,8 milhões de eleitores foram chamados às urnas para eleger entre meia centena de candidatos o sucessor de Michel Martelly na Presidência do país, bem como para escolher membros do parlamento e autoridades municipais.
As sondagens davam como certo que será precisa uma segunda volta -- a 27 de dezembro -- para definir o vencedor das presidenciais.
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