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Primeiro-ministro turco envolve guerrilha curda no atentado de Ancara

O primeiro-ministro da Turquia, Ahmet Davutoglu, disse hoje existir "alta probabilidade" de envolvimento do ilegalizado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no atentado de domingo em Ancara, além dos 'jihadistas' do grupo Estado Islâmico (EI).

Primeiro-ministro turco envolve guerrilha curda no atentado de Ancara
Notícias ao Minuto

14:31 - 14/10/15 por Lusa

Mundo Ahmet Davutoglu

"Ao aprofundar as investigações, em especial ao observar os movimentos de contas de Twitter e várias direções de IP, concluímos que existe uma alta probabilidade de que tanto o PKK como o EI tenham desempenhado um papel ativo no ataque", disse Davutoglou.

As suas declarações aos media, divulgadas pela agência noticiosa semi-estatal Anadolu, estão relacionadas com a detenção de duas pessoas por atividades na rede Twitter, segundo a imprensa local.

Os dois homens foram presos como os supostos autores do envio de mensagens em Twitter escritos antes do duplo atentado, que indicavam a possibilidade de o EI cometer um ataque contra a marcha pela paz, o trabalho e a democracia -- convocado para 10 de outubro por sindicatos e forças da esquerda turca --, e como acabou por suceder.

O diário Hurriyet refere que os dois suspeitos foram relacionados "com os meios da esquerda turca" e um deles tem antecedentes policiais pela sua ligação a grupos de apoio ao PKK.

As declarações de Davutoglu suscitaram fortes reações de reprovação, pelo facto de o PKK e os grupos 'jihadistas' que atuam no sudeste do país serem acérrimos inimigos, com as duas partes a protagonizarem em 2014 confrontos entre si com um balanço de dezenas de mortos.

Na Síria, as milícias curdas, vinculadas ao PKK e o EI também são inimigos irreconciliáveis e combatem-se mutuamente.

O diário Hurriyet também referiu que já foram identificados os autores do duplo atentado de domingo, que provocou cerca de 100 mortos e centenas de feridos em Ancara, o mais grave da história da Turquia.

O jornal refere que após os exames de ADN, foi concluído que os dois bombistas suicidas pertenciam ao grupo EI. Um deles, identificado como Yunus Emre Alagoz, seria o líder de uma rede de apoio ao grupo 'jihadista' no sudeste da Turquia, e o segundo, Omer Deniz Dundar, pertenceria à mesma rede.

A polícia também terá identificado os veículos em que viajaram os dois bombistas a partir da cidade meridional de Gaziantep até à capital turca. Um terceiro cúmplice também terá sido detido.

O diário Milliyet refere por sua vez na sua edição de hoje que as câmaras de segurança captaram imagens de Yunus Emre Alagoz e informou que era irmão de Abdurrahman Alagoz, um 'jihadista' que cometeu outro ataque suicida em 20 de julho em Suruç, durante uma concentração da esquerda pró-curda e que provocou 34 mortos.

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