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"Turquia não pediu ajuda militar da NATO"

A Turquia não pediu qualquer ajuda substancial à NATO para avançar com a campanha contra o grupo autodenominado Estado Islâmico e os militantes curdos, disse o secretário-geral da NATO, frisando ainda as fortes capacidades militares de Ancara.

"Turquia não pediu ajuda militar da NATO"
Notícias ao Minuto

17:37 - 27/07/15 por Lusa

Mundo Stoltenberg

Jens Stoltenberg falava à BBC, numa entrevista divulgada no domingo, dois dias antes de uma reunião da Aliança Atlântica, solicitada pela Turquia, para debater a crescente tensão entre Ancara e os rebeldes curdos e o grupo extremista Estado Islâmico (EI).

A reunião dos embaixadores dos 28 países-membros da NATO vai decorrer na terça-feira em Bruxelas.

"A Turquia tem um exército muito forte e forças de segurança muito fortes", disse Stoltenberg, numa entrevista via telefone à estação pública britânica.

"Não houve um pedido para qualquer apoio militar substancial da NATO", indicou o secretário-geral, que recordou que, no início de 2013, a Aliança Atlântica colocou mísseis Patriot na região sudeste da Turquia, com o objetivo de reforçar a defesa antiaérea daquele país.

Em declarações hoje em Lisboa, o ministro dos Negócios Estrangeiros da Turquia, Mevlut Çavusoglu, referiu-se ao recente aumento das ameaças à segurança da Turquia para justificar as ações militares no norte da Síria e Iraque, que estão a atingir indiscriminadamente posições 'jihadistas' do EI e dos rebeldes curdos.

Numa conferência de imprensa conjunta com o homólogo português Rui Machete, Mevlut Çavusoglu considerou que "não existem diferenças" entre o EI e os rebeldes curdos do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) e que ambos devem ser "eliminados".

Sobre a reunião de terça-feira em Bruxelas, Mevlut Çavusoglu, que realizou hoje uma visita oficial de um dia a Lisboa, indicou que Ancara pretende informar os aliados "sobre o que a Turquia está a fazer face às ameaças à segurança".

Apesar de saudar o compromisso de Ancara na luta contra os 'jihadistas' do EI, Jens Stoltenberg advertiu, em outra entrevista, que "a autodefesa deve ser proporcional", numa referência aos bombardeamentos turcos contra as posições do PKK no norte do Iraque.

"Durante anos, existiram progressos para tentar encontrar uma solução política pacífica" entre a Turquia e os rebeldes curdos, disse o secretário-geral da NATO, numa entrevista à televisão norueguesa NRK, também transmitida no domingo.

"É importante não desistir desse trabalho (...) porque a força nunca vai resolver um conflito a longo prazo", reforçou.

Na sexta-feira, e na sequência de diversos incidentes armados que se seguiram ao mortífero atentado suicida de 20 de julho em Suruç (sul) atribuído por Ancara aos 'jihadistas' do EI e que vitimou mais de 30 ativistas curdos, a Turquia desencadeou ataques contra posições do PKK no norte do Iraque, e ainda contra posições dos radicais islâmicos na Síria.

Em retaliação, o PKK reivindicou no domingo um atentado que matou dois soldados turcos.

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