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Obama evita palavra "genocídio" sobre massacre

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, descreveu, esta quinta-feira, o massacre de arménios durante a I Guerra Mundial como uma "terrível carnificina", evitando o emprego da palavra "genocídio".

Obama evita palavra "genocídio" sobre massacre
Notícias ao Minuto

07:11 - 24/04/15 por Lusa

Mundo Arménia

"Os arménios do Império Otomano foram deportados, massacrados e levados para a morte. A sua cultura e património foram apagados da sua antiga terra natal", declarou Obama, num comunicado com palavras cuidadosamente escolhidas.

Os arménios recordam hoje os 100 anos da morte de cerca de 1,5 milhões dos seus antepassados que viviam no Império Otomano durante a I Guerra Mundial, apesar das críticas da Turquia que continua a rejeitar o termo 'genocídio'.

O papa Francisco usou, em meados deste mês, a palavra "genocídio" para descrever o massacre dos arménios pelas forças do Império Otomano durante a I Guerra Mundial, enfurecendo Ancara.

"No século passado, a nossa família humana passou por três tragédias sem precedentes. A primeira, que foi largamente considerada como 'o primeiro genocídio do século XX', atingiu o povo arménio", disse Francisco na abertura de uma missa em memória dos arménios massacrados entre 1915 e 1917, concelebrada com o patriarca arménio e na presença do Presidente da Arménia, Serzh Sargsyan.

Durante a campanha presidencial em 2008, o então senador Barack Obama prometeu "reconhecer o genocídio arménio" e, esta quinta-feira, disse que a sua opinião sobre o assunto não mudou, mas voltou a evitar usar a palavra.

"Tenho reiteradamente declarado o meu ponto de vista sobre o que aconteceu em 1915 e a minha perspetiva não mudou. Um pleno, franco e justo reconhecimento dos factos é do interesse de todos nós", disse.

"Congratulamo-nos com a manifestação de pontos de vista pelo papa Francisco, pelos historiados turcos e arménios, e muitos outros que procuram que se faça luz sobre este negro capítulo da História", acrescentou Obama.

O secretário do Tesouro, Jack Lew, lidera a delegação norte-americana que hoje participa nas celebrações do aniversário na Arménia.

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