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Milhares marcham pela justiça social e contra terrorismo

Milhares de pessoas manifestaram-se hoje frente ao Museu Bardo na capital tunisina, proclamando que só a justiça social e a mudança na educação e sociedade pode derrotar o terrorismo, que cresce no Norte de África e ameaça a Europa.

Milhares marcham pela justiça social e contra terrorismo
Notícias ao Minuto

21:40 - 24/03/15 por Lusa

Mundo Tunes

Ativistas chegados de 119 países para participar no XIII Forum Mundial Social marcharam sob o 'slogan' "Tunes, Tunes, liberdade; terrorismo, fora, fora".

Os organizadores mudaram há dias o programa da inauguração, que devia ter começado com uma marcha festiva na conhecida Avenida Bourguiba, em resposta ao atentado que há uma semana matou 21 pessoas, entre as quais 20 estrangeiros, naquele museu.

O massacre, que ocorreu no final de uma série de erros de segurança, foi reivindicado por um célula do grupo Daesh, que se intitula Estado Islâmico, que está baseado na Síria e no Iraque.

"Esta manifestação é muito importante. Transmite uma mensagem essencial, a de uma sociedade progressista que responde unida ao terrorismo", disse o líder da coligação de esquerda tunisina Frente Popular, Hamma Hammami, que tem a quarta maior representação parlamentar.

"Lutamos contra o terrorismo e as forças imperialistas que o financiam. Estamos aqui para demonstrar que outro mundo é possível, um mundo sem violência nem terrorismo", acrescentou, enquanto desfilava na cabeça da manifestação.

Radia Nasrawi, a presidente da histórica Associação Tunisina de Luta Contra a Tortura, defendeu uma reforma da educação que permita sociedades mais cultas e reflexivas, nas quais o terrorismo que se alimenta da ignorância fique sem bases de sustentação.

Entre os manifestantes estavam sindicalistas do Brasil, pacifistas do Mali e da Ucrânia, representantes da revolução síria, defensores da causa palestiniana, ativistas contra o problema das alterações climáticas, membros de grupos pró-dignidade de Espanha, Grécia ou Itália e defensores dos direitos humanos e saúde universal, entre outros militantes.

"Que sejamos tanto e tão diferentes mostra que o modelo social em que vivemos deve mudar e que é possível fazê-lo", disse um manifestante.

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