É preciso convencer alguns países de que pena de morte "é mau caminho"
O ministro dos Negócios Estrangeiros reconheceu hoje, em Genebra, na Suíça, onde participa no Conselho de Direitos Humanos (CDH), que ainda "é preciso convencer" alguns países de que a pena de morte "é um mau caminho".
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Mundo Rui Machete
Em declarações aos jornalistas à margem da 28.ª sessão do organismo das Nações Unidas que zela pela proteção e pela promoção dos direitos humanos no mundo, Rui Machete afirmou que Portugal, país pioneiro na abolição das execuções capitais, continua a defender que "o exemplo é um dos meios mais persuasivos para lutar contra a pena de morte".
A abolição universal da pena capital foi incluída nos compromissos assumidos por Portugal, eleito para o mandato 2015-2017, naquele que foi o seu primeiro discurso oficial como membro do CDH.
Lembrando que "países civilizados" como os Estados Unidos ainda mantêm a pena capital, o ministro português reconheceu que a "questão não está completamente ganha" e que "é preciso convencer as pessoas de que tirar a vida através do sistema penal é um mau caminho".
Questionado sobre o que Portugal tenciona fazer em relação ao facto de a Guiné Equatorial, país que mantém a pena de morte no ordenamento jurídico e que é agora membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, o ministro respondeu que tenciona convencer o país africano "justamente pela verificação, pela crítica e pelo cumprimento daquilo a que se comprometeram".
A Guiné Equatorial adotou uma moratória temporária à pena de morte, mas, segundo a Amnistia Internacional, tal não impediu que, no ano passado, nove pessoas fossem executadas.
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