Primeira-ministra classifica tiroteio como ataque terrorista
A primeira-ministra dinamarquesa classificou hoje o atentado de Copenhaga como um "ataque terrorista", afirmando que a Dinamarca foi alvo de "um ato de violência cínica", de acordo com a agência francesa AFP.
© Reuters
Mundo Copenhaga
"A Dinamarca foi hoje alvo de um ato de violência cínica. Tudo leva a crer que o tiroteio tenha sido um atentado político, e, consequentemente, um ato terrorista", disse Helle Thorning-Schmidt.
Já antes a polícia dinamarquesa tinha atribuído a mesma classificação ao atentado que esta tarde provocou a morte de um homem e feriu, pelo menos, três polícias, que se encontravam no local em serviço.
A polícia dinamarquesa procura os dois suspeitos da autoria do ataque, tendo já encontrado abandonado e vazio o carro, de modelo Volkswagen Polo, que terá sido usado na fuga.
O ataque ao centro cultural onde decorria o colóquio 'Arte, blasfémia e liberdade de expressão", contava com a presença do embaixador de Paris em Copenhaga, François Zimeray, e do cartoonista sueco Lars Vilks, autor de uma caricatura de Maomé publicadas em 2007, que originou uma forte contestação da comunidade islâmica.
O episódio de 2007, que tinha na base o trabalho de Vilks, seguiu-se à polémica que envolveu o diário dinamarquês Jyllands-Posten, que em setembro de 2005 publicou 12 caricaturas de Maomé, consideradas ofensivas pela comunidade islâmica, e que estiveram na base de ameaças de morte dirigidas ao chefe de redação do jornal.
De acordo com a imprensa dinamarquesa, Lars Vilks seria o alvo do ataque de hoje.
Nem o embaixador, nem o cartoonista foram atingidos pelos disparos.
Paris também já classificou oficialmente o atentado como "ataque terrorista".
"Um ataque terrorista visou uma reunião pública em Copenhaga, em que participava o embaixador de França na Dinamarca. Condeno com a maior firmeza este atentado", afirmou em comunicado Laurent Fabius, ministro dos Negócios Estrangeiros francês.
O ministro da Administração Interna francês, Bernard Cazeneuve, deverá viajar "o mais brevemente possível" para a Dinamarca para recolher informações sobre o ataque, informou, por sua vez,o presidente François Hollande, em comunicado.
O presidente francês declarou "toda a solidariedade" do seu país para com a primeira-ministra dinamarquesa Helle Thorning-Schmidt.
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