Milhares de haitianos continuam na fronteira
As autoridades do Haiti e República Dominicana fracassaram, na segunda-feira, em resolver a actual situação na fronteira comum, onde milhares de haitianos, a maioria dos quais indocumentados, tentam entrar na República Dominicana para trabalhar no campo.
© Lusa
Mundo Haiti
Depois de serem conhecidos os resultados do encontro, os haitianos com o sacerdote jesuíta Regino Martínez, que coordena a organização não-governamental Solidariedade Fronteiriça, decidiram continuar no local, elevando a tensão que se vive desde domingo na zona.
Na reunião, que decorreu na sede de Aduanas, na província fronteiriça dominicana de Dajabon (noroeste), participaram as autoridades dos dois países e representantes da igreja católica dominicana.
O bispo da diocese de Mao-Montecristi (noroeste), Diómedes Espinal, disse aos jornalistas no final do encontro que as autoridades de migração locais indicaram que apenas permitirão a entrada no país de 280 trabalhadores agrícolas com visto nos passaportes e que os restantes têm que regular a sua situação no Haiti.
Apesar disso, o padre jesuíta Martínez propõe que se deixem passar todos os imigrantes que estão na fronteira, defendendo a entrega da documentação requerida a quem não a tem pelas autoridades dominicanas.
Regino Martínez disse que o processo se complicaria no Haiti, na medida em que os imigrantes poderiam dispersar-se.
O senador haitiano Jean Batiste Bien Aimé, da cidade de Ouanaminthe (nordeste), sugeriu ao Governo que investisse recursos no desenvolvimento agrícola e na construção para que os haitianos ilegais não tenham que cruzar a fronteira e ir para território dominicano para trabalhar.
Jean Batiste Bien Aimé reconheceu o direito das autoridades dominicanas de admitirem estrangeiros.
Esta noite a vigilância foi reforçada na fronteira dominicana, indica a agência noticiosa espanhola Efe.
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