Os radicais islâmicos atacaram a base aérea militar de Deir Ezzor durante a madrugada, tendo conseguido ocupar certas zonas, após "violentos confrontos", disse o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
De acordo com Rami Abdel Rahman, os combates entre militantes islâmicos e forças de segurança do regime ainda prosseguem no aeroporto militar, fundamental para as forças do regime de Damasco, já que é a única via de circulação no Leste do país.
Para além disso, os aviões e helicópteros partem da base para levar a cabo os raides contra as posições do Estado Islâmico.
A ofensiva do Estado Islâmico contra a base de Deir Ezzor -- zona petrolífera controlada maioritariamente pelo grupo fundamentalista -- começou na quarta-feira e já provocou pelo menos 111 mortos, em ambas as fileiras.
O assalto à base começou com um atentado suicida de um militante do Estado Islâmico, à entrada principal do aeroporto.
A comunidade internacional tem repetidamente acusado o Estado Islâmico de crimes de guerra e contra a humanidade, desde que, em junho, o grupo armado fundamentalista começou a controlar vastas zonas do Iraque e da Síria, onde diz pretender instaurar um "califado islâmico".
Na sequência da progressão do Estado Islâmico no Norte do Iraque, que já causou milhares de mortos e centenas de milhares de deslocados e refugiados, os Estados Unidos desencadearam, a 8 de agosto, uma operação com raides aéreos contra as posições do grupo, atualmente suportada por cerca de 60 países.
A coligação internacional contra o Estado Islâmico disse, na quarta-feira, que a campanha aérea está a começar "a dar resultados".
O avanço do Estado Islâmico no Iraque e Síria "está a ser contido", afirmaram os países envolvidos, numa reunião em Bruxelas.
Já o presidente sírio, Bashar al-Assad, disse, numa entrevista publicada na quinta-feira pela revista francesa Paris-Match, que os ataques aéreos da coligação contra o Estado Islâmico têm provado ser ineficazes.