O exército israelita matou hoje um sexto jornalista, a tiro, na área de Al Mawasi, no sul de Gaza, após cinco repórteres terem morrido no bombardeamento israelita do hospital Nasser.
"O jornalista assassinado é Hasan Douhan, que trabalhava para o jornal Al Hayat", indicou o gabinete de imprensa das autoridades de Gaza, em comunicado.
O Al Hayat é um jornal diário palestiniano, publicado pela primeira vez na década de 1930 em Jerusalém, de acordo com dados da Biblioteca Nacional de Israel.
"Responsabilizamos totalmente a ocupação israelita, o Governo dos EUA e países cúmplices do crime de genocídio, como Reino Unido, Alemanha e França, por esses crimes hediondos e brutais", acrescentou o Gabinete.
Com a morte de Douhan, o número total de repórteres e influenciadores digitais mortos na ofensiva israelita sobe para 246, tornando a guerra em Gaza uma das mais mortais para a imprensa na história.
Os outros cinco mortos hoje são Ahmed Abu Aziz, que trabalhava como jornalista para a Quds Feed Network, Hossam Al Masri (cinegrafista da Reuters), Mohamed Salam (cinegrafista da Al Jazeera), Mariam Dagga (jornalista da AP) e Moaz Abu Taha (freelancer).
Israel bombardeou o hospital Nasser, sul da Faixa de Gaza, esta manhã e, quando jornalistas e socorristas chegaram ao local para ajudar as vítimas e documentar o que aconteceu, voltou a bombardeá-lo, segundo o Ministério da Saúde, numa técnica conhecida como "golpe duplo".
O ataque está a ser condenado pela generalidade da comunidade internacional, nomeadamente vários países ocidentais, agências das Nações Unidas e organizações de defesa dos jornalistas.
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