Autoridade Palestiniana defende força internacional para Gaza

A ministra dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, Varsen Aghabekian, apoiou a possibilidade de um grupo de países que, em conjunto com as Nações Unidas, possam estabelecer uma "missão de paz" na Faixa de Gaza.

Ministra dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, Varsen Aghabekian

© ZAIN JAAFAR/AFP via Getty Images

Lusa
13/08/2025 12:03 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

A ministra referiu, em concreto, que a França, Egito, Turquia, Jordânia, Itália e Reino Unido poderiam formar uma "força de estabilização" em Gaza em paralelo com a ONU.

 

Numa conferência de imprensa em Ramallah, capital da Cisjordânia, a ministra explicou o plano de ação da Autoridade Palestiniana para a Faixa de Gaza após o fim da guerra.

Aghabekian defendeu a escolha de "vários países" para criar uma "força de estabilização", incluindo a Turquia e a Jordânia, nações que, segundo a ministra, estariam interessadas em participar.

A ministra não especificou nem os detalhes nem o formato da eventual força internacional.

As declarações da ministra palestiniana ocorrem depois de o Presidente francês, Emmanuel Macron, ter defendido uma "força internacional temporária de estabilização" para o território palestiniano, alvo de uma ofensiva israelita desde outubro de 2023.

Recentemente, o Governo israelita anunciou que vai assumir o controlo da cidade de Gaza, onde vivem cerca de um milhão de residentes, que seriam deslocados.

Sobre esta questão, a chefe da diplomacia palestiniana disse que Israel controla atualmente 75% da Faixa de Gaza e que antes da ofensiva israelita, cinco mil pessoas viviam num quilómetro quadrado, mas são atualmente 50 mil.

Para a ministra, a decisão de Israel sobre a ocupação do enclave costeiro revela que esta é uma "guerra contra os palestinianos" para tornar Gaza inabitável e deslocar os cidadãos residentes.

Sobre o "dia seguinte à guerra", a ministra enfatizou a posição da Autoridade Nacional Palestiniana (ANP, que governa a Cisjordânia) que "deveria ser a entidade a exercer o poder político" e legal na Faixa de Gaza.

Esta opção já foi rejeitada pelo Governo israelita.

Segundo Aghabekian, depois da realização de eleições, o movimento islamita palestiniano Hamas não deve controlar Gaza, mas sim depor as armas, "uma vez que a Palestina não vai ser um Estado armado". 

Varsen Aghabekian disse ainda que o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "distorce a realidade a 'torto e a direito'" e que tudo o que diz sobre a Faixa de Gaza "deve ser questionado pela comunidade internacional".

A ofensiva israelita em Gaza começou depois dos ataques do Hamas, no poder no enclave desde 2007, em 07 de outubro de 2023 no sul de Israel, nos quais morreram cerca de 1.200 pessoas e perto de 250 foram feitas reféns.

Desde então, a operação militar israelita causou já mais de 61 mil mortos, a destruição de quase todas as infraestruturas de Gaza e a deslocação forçada de centenas de milhares de pessoas, perante acusações de genocídio por vários países e organizações.

A ONU tem alertado para uma situação de fome generalizada no enclave, onde Israel bloqueou a entrada de ajuda humanitária desde há meses e que retomou recentemente, apesar de a União Europeia e organizações huminatárias reclamarem que a quantidade é insuficiente para suprir as necessidades da população de mais de dois milhões de pessoas.

Israel, Estados Unidos e União Europeia consideram o Hamas como uma organização terrorista.

Leia Também: Exército israelita aprova plano militar para Gaza

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