Num discurso durante uma reunião do Governo, em Brasília, Mauro Vieira afirmou que o Ministério das Relações Exteriores responderá nesse dia às alegações dos Estados Unidos que questionam o sistema de pagamentos PIX e outras práticas absolutamente legítimas do país sul-americano.
A investigação, aberta em 15 de julho pelo Gabinete do Representante Comercial dos EUA (USTR, na sigla em inglês), é uma das frentes abertas pelo Governo de Donald Trump contra o Brasil.
O USTR adiantou que investigará o PIX, o serviço de pagamento eletrónico promovido pelo Banco Central do Brasil, bem como outras práticas comerciais que restringem o acesso de empresas dos Estados Unidos ao mercado brasileiro de etanol, ou as medidas de proteção da propriedade intelectual.
Na sua intervenção, Vieira referiu-se às tarifas de 50% aplicadas pelos EUA contra o Brasil, que Trump anunciou como retaliação ao processo aberto contra o ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro, seu aliado político, por supostamente liderar um golpe de Estado contra o atual chefe de Estado, Lula da Silva.
"Negociações pragmáticas são a solução mais promissora para o empresariado, os trabalhadores e os consumidores do Brasil", disse.
Nesse sentido, afirmou que as negociações empreendidas pelo Governo brasileiro "foram fundamentais" para a exclusão de cerca de 700 artigos comerciais do decreto sobre tarifas.
Isso permitiu "preservar" setores estratégicos para o Brasil, como a indústria aeronáutica, a produção de sumo de laranja e o setor de celulose, destacou o ministro das Relações Exteriores.
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