"A forma como alguém experimenta a desinformação é muito individualizada"

A produção de desinformação 'online' engloba um conjunto de critérios que permite aumentar a sua aparente veracidade, através de um processo de individualização da informação, concluiu um estudo do 'Global Investigative Jounalism Network'.

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Lusa
08/08/2025 14:30 ‧ há 2 dias por Lusa

Mundo

Estudo

"A forma como alguém experimenta a desinformação é muito individualizada", afirmam os investigadores, referindo que o viés algorítmico é o principal responsável por este processo de personalização que permite aumentar a crença na desinformação.

 

"Os impactos dos algoritmos nas redes sociais são múltiplos: 'feeds' de notícias alimentados por algoritmos em media sociais ameaçam desestabilizar países e Governos em todo o mundo, impactar profundamente a saúde mental e romper com relacionamentos", lê-se no documento.

Os algoritmos são conjuntos de regras ou cálculos feitos para cumprir uma determinada tarefa, sendo que nas redes sociais os algoritmos avaliam os dados de entrada (informações que incluem o conteúdo que um utilizador pode ter gostado ou quem são os seus amigos 'online') para determinar quais as informações que serão sugeridas ao utilizador.

Apesar das grandes plataformas, como as da Meta ou o TikTok, não revelarem como os algoritmos funcionam, estes estão em constante alteração, estando cada vez mais sofisticados.

"Os algoritmos criam experiências 'online' personalizadas, o que significa que cada um habita num próprio universo único de informações, muitas vezes chamado de 'câmaras de eco' ou 'bolhas de filtro'", resultando num elevado risco para a propagação de desinformação.

Neste sentido, combater a desinformação promovida pelos algoritmos é uma tarefa muito difícil, pois "examinar ou auditar algoritmos pode ser extremamente difícil, por serem sistemas opacos e complexos que não são fácies de entender e estão inacessíveis ao público".

Assim, para a amplificação da desinformação no mundo digital contribuem o viés algorítmico, mas também os utilizadores que assumem uma atitude passiva e que partilham conteúdo sem verificar a sua veracidade, bem como os influenciadores digitais que produzem muita informação com grande visibilidade e por vezes incorreta.

O estudo realizado pelo Global Investigative Jounalism Network procurou perceber o impacto que os algoritmos das redes sociais podem ter na propagação e crença na desinformação.

Leia Também: "Circulou muita desinformação". CEO da Intel reage a 'ataque' de Trump

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