Tarifas? "Devemos devolver liberdade e equidade ao comércio"

O Presidente francês denunciou hoje "a aberração" de "os mais fortes" terem devolvido o mundo a uma lógica de guerra comercial "como forma de chantagem e não de reequilíbrio".

Emmanuel Macron

© PIERRE-PHILIPPE MARCOU/AFP via Getty Images

Lusa
30/06/2025 18:05 ‧ 30/06/2025 por Lusa

Mundo

Emmanuel Macron

Num discurso proferido na abertura da IV Conferência Internacional da ONU sobre Financiamento para o Desenvolvimento, Emmanuel Macron afirmou que um comércio que reequilibre os fluxos económicos "é uma das condições para poder desenvolver cadeias de valor e criar valor económico nos países mais pobres e em desenvolvimento".

 

Por isso, considerou que "retomar uma guerra comercial e tarifária neste momento é uma aberração", sobretudo quando as tarifas são impostas a países "que estão prestes a descolar".

"Devemos devolver a liberdade e a equidade ao comércio internacional, em vez de tarifas e barreiras que são concebidas pelos mais fortes e como uma forma de chantagem, não como forma de reequilíbrio", disse.

O Presidente francês insistiu ser necessário "repensar e apoiar a Organização Mundial do Comércio" (OMC) para a colocar numa posição de "coerência com os objetivos de combate às desigualdades e pelos objetivos climáticos".

Macron reconheceu que a situação do desenvolvimento global enfrenta "uma situação difícil" que se deteriorou nos últimos anos, depois da pandemia da covid-19, com um aumento do endividamento e da dependência.

O aumento das despesas com segurança ou as tensões nas finanças públicas em muitos países são alguns dos fatores que "limitam a capacidade de financiar a solidariedade internacional".

Macron também insistiu nos efeitos dos conflitos comerciais, embora não tenha mencionado em nenhum momento os Estados Unidos ou Donald Trump: "a guerra tarifária é má para todos e pesa na capacidade de financiar o desenvolvimento".

O chefe de Estado francês, que agradeceu "ao amigo" Pedro Sánchez, primeiro-ministro espanhol, pela organização da cimeira na cidade de Sevilha (sudoeste), adiantou que o financiamento do desenvolvimento será um dos eixos da presidência francesa do G7, que Paris vai assumir no próximo ano. A cimeira das sete economias mais industrializadas do mundo está marcada para Evian, em junho de 2026. 

Leia Também: Macron defende acordo rápido entre UE e EUA sobre tarifas

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