"Um bombista suicida dirigiu o seu veículo carregado de explosivos contra um comboio de soldados" na província de Khyber Pakhtunkhwa e "16 soldados foram mortos", disse um responsável do governo local, sob condição de anonimato, em declarações à agência de notícias AFP - France-Presse.
Um anterior balanço indicava que foram registados 13 soldados mortos e outros quatro estavam em estado crítico.
Segundo a mesma fonte, o ataque provocou ferimentos em 19 civis.
Um polícia local, que também falou sob anonimato, disse à AFP que a explosão provocou "o colapso dos telhados de duas casas, ferindo seis crianças".
Um grupo local ligado aos talibãs paquistaneses assumiu a responsabilidade pelo ataque, alegando que foi levado a cabo pela sua brigada de bombistas suicidas, de acordo com a AFP.
A agência AP - Associated Press noticiou que, de acordo as autoridades locais, o ataque suicida ocorreu no sábado no noroeste do Paquistão e matou pelo menos oito soldados e feriu 25 pessoas, incluindo civis.
O ataque teve como alvo um veículo militar no Waziristão do Norte por volta da hora do almoço de sábado, apesar do recolher obrigatório em todo o distrito tribal para facilitar a movimentação das forças de segurança, disseram à AP os responsáveis dos serviços de informação, falando sob anonimato por não estarem autorizados a discutir o assunto com os meios de comunicação social.
A violência tem aumentado no oeste do Paquistão, que faz fronteira com o Afeganistão, desde que os talibãs regressaram ao poder em Cabul, no verão de 2021.
Islamabad acusa o seu vizinho de não conseguir expulsar os rebeldes que usam o seu território para atacar o Paquistão, uma alegação que o Afeganistão nega.
O ano de 2024 foi o mais mortífero em quase uma década no Paquistão, com mais de 1.600 mortes, quase metade das quais de soldados e polícias, de acordo com o Centro de Investigação e Estudos de Segurança, sediado em Islamabad.
No total, desde 01 de janeiro, segundo uma contagem da AFP, quase 290 pessoas, a maioria membros das forças de segurança, foram mortas na violência perpetrada por grupos armados que lutam contra o Estado, no Baluchistão e na província vizinha de Khyber-Pakhtunkhwa.
Leia Também: Onze mortos, incluindo 4 crianças, após inundações súbitas no Paquistão