Quase um mês depois de um triplo homicídio em Washington deixar não só o estado norte-americano como também o país em choque, há quem ainda acredite que Travis Decker, suspeito de matar as três filhas, possa estar vivo.
A caça ao homem continua, e, no balanço mais recente, as autoridades explicaram que "não há provas de que Decker esteja vivo" ou que esteja nas redondezas, já que nas "últimas duas semanas" as pistas que têm tido têm diminuído.
Ainda assim, as autoridades explicaram, na segunda-feira, que "não vão desistir destas buscas", dado que não só Travis Decker estar fugido "representa um perigo para a comunidade", como também é necessário que seja feita justiça por Paityn, Evelyn e Olivia Decker - de 9, 8 e 5 anos, respetivamente.
Note-se que Decker é um veterano do exército que esteve no Afeganistão, tendo por isso "muito treino". Atualmente, vivia como uma pessoa em situação de sem-abrigo, muitas vezes dormindo no carro e também ficando em parques de campismo.
À ABC News, Todd McGhee, analista de segurança, explicou que o homem deve estar vivo, especialmente devido ao facto de os agentes caninos "não terem encontrado nenhum parte de um cadáver ou qualquer presença de restos mortais" durante a investigação.
"Os cães são treinados para procurar cadáveres e farejar esse tipo de odores, por isso talvez ele ainda esteja em movimento", referiu McGhee, acrescentando que acreditava que o Decker, de 32 anos, já não estava nos Estados Unidos. Segundo dá ainda conta a ABC News, antes dos crimes o fugitivo procurou na internet "como é que uma pessoa se muda para o Canadá."
McGhee sublinha ainda que o facto de Travis Decker ter treino militar permite-lhe que se mantenha vivo durante mais tempo com recursos limitados. Ao que a imprensa indica, o pai de Decker explicou mesmo às autoridades que o filho era conhecido por viver 'fora', tendo já estado 'desaparecido' por dois meses e meio.
McGhee acredita, no entanto, que o suspeito ainda virá "à superfície", numa altura em que tenha mesmo de "procurar abrigo, comida, nutrição". "Esse tipo de situação irá exigir que ele saia de algum esconderijo e, até certo ponto, se exponha ao público em geral", defendeu.
Recorde o caso
Tudo aconteceu a 30 de maio, quando Travis Decker tinha uma visita agendada com as filhas. Dias depois, os corpos das crianças foram encontrados junto a um parque de campismo. Tinham os pulsos atados e sacos de plástico nas cabeças.
Foram também recolhidas amostras de sangue do local, que incluem sangue humano e sem ser humano. Na parte de trás da carrinha estariam também aquilo que aparentemente eram "duas marcas de mãos" com sangue. O homem tinha um cão, que já foi encontrado e entregue a um abrigo de animais.
Segundo a advogada da mãe das crianças, Travis Decker lidava com problemas de saúde mental, incluindo transtorno de stress pós-traumático.
A advogada, Arianna Cozart, explicou que a instabilidade na sua vida levou a restrições em relação às visitas às filhas, mas antes do desaparecimento das crianças "nunca houve 'linhas vermelhas'" que tivessem sido ultrapassadas.
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