"Todos os aliados estão motivados. Espero que saiba que ouço de todos os aliados o empenho em manter-vos fortes, em manter a luta e em trazer esta guerra terrível a uma paz duradoura. Estão entre amigos", disse Mark Rutte, recebendo Volodymyr Zelensky na chegada à cimeira da NATO, na cidade holandesa de Haia.
Nesta reunião de alto nível dos 32 aliados, haverá "decisões relevantes sobre a Ucrânia", após a cimeira do ano passado em Washington na qual se decidiu "que existe um caminho irreversível para a Ucrânia na adesão à NATO".
"Estamos a construir essa ponte", garantiu Mark Rutte, prometendo uma "linguagem importante sobre a Ucrânia" na declaração que surgirá sobre esta cimeira, que ocorre num momento de fortes tensões no Médio Oriente dado o conflito entre Israel e Irão, no qual os Estados Unidos já se envolveram.
Ao lado do secretário-geral da NATO, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que "sempre contou" e continua a contar com o apoio dos aliados e disse estar muito feliz por estar em "contacto constante" com Rutte sobre as necessidades urgentes de Kiev.
Zelensky realçou que o seu país continua a precisar de defesa aérea e falou em "sinais muito importantes" vindos da NATO.
A cidade holandesa de Haia acolhe, hoje e na quarta-feira, a cimeira da NATO, prevendo-se novo compromisso entre os 32 países aliados para gastarem mais em defesa face à instabilidade geopolítica mundial.
O Presidente ucraniano deverá encontrar-se com os líderes das cinco principais economias da Europa (França, Alemanha, Reino Unido, Itália e Polónia).
A agência noticiosa francesa AFP também noticiou que está previsto um encontro com o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na tarde de quarta-feira.
Os Estados Unidos são o principal fornecedor de armamento que a Ucrânia utiliza para tentar repelir a invasão russa.
Numa altura de contínua guerra na Ucrânia causada pela invasão russa e de fortes tensões no Médio Oriente, esta reunião de líderes e de ministros da NATO servirá para debater os acontecimentos mundiais e o seu impacto na segurança euro-atlântica, com os aliados a preparem-se para a guerra sem esperar que esta realmente ocorra.
É a primeira reunião de alto nível da NATO de Donald Trump desde que iniciou o seu segundo mandato na Casa Branca, no início deste ano.
Hoje à noite, Donald Trump participará num jantar oferecido pelos reis da Holanda, no qual estará presente o Presidente da Ucrânia.
Na manhã de quarta-feira, o ponto principal da cimeira é uma sessão de cerca de três horas com os 32 líderes da NATO - Donald Trump incluído -, na qual se deverá abordar a situação no Médio Oriente e na Ucrânia.
Portugal estará representado na cimeira de Haia pelo primeiro-ministro, Luís Montenegro, e pelos ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa, Paulo Rangel e Nuno Melo.
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