"Tem o conhecimento e a experiência para lidar com estes problemas, com frequência em situações muito difíceis. Já vimos o trabalho feito em Zaporigia (Ucrânia), em plena zona de guerra, a procurar manter a segurança de uma central nuclear", disse o porta-voz do secretário-geral da ONU, Stéphane Dujarric.
Acentuou ainda, em conferência de imprensa, que "as agências da ONU não existem só por si. (...) São um reflexo da vontade coletiva dos membros desta organização, às quais se deve permitir realizar o seu trabalho".
A reação de Dujarric segue-se às críticas de Eslami a Grossi pela sua "inação" perante os ataques israelitas às instalações nucleares iranianas, depois de Israel ter bombardeado o reator de água pesada em Arak, no oeste de Irão.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Esmaeil Baqaei, acusou Grossi de elaborar um relatório "tendencioso" sobre o programa nuclear iraniano, que foi utilizado como "pretexto" por "um regime genocida e belicista para fazer uma guerra de agressão contra o Irão".
Nas redes sociais, acrescentou que o presidente da AIEA "atraiçoou o Tratado de Não Proliferação Nuclear e converteu a agência da ONU em parceiro desta guerra injusta" contra o Irão. "As narrativas enganosas têm consequências terríveis e exigem a prestação de contas", concluiu.
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