Jornalista iraniana volta em direto após explosão. É "heroína" no país

De realçar que o edifício do serviço estatal de radiodifusão do Irão (IRIB) foi atingido por um ataque israelita, interrompendo a transmissão em direto, segundo informou a agência de noticias oficial iraniana.

Teerão, Sahar Emami

© Fatemeh Bahrami/Anadolu via Getty Images

Notícias ao Minuto com Lusa
17/06/2025 15:18 ‧ há 4 horas por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo

Irão

Uma jornalista da televisão estatal do Irão, que teve de abandonar a emissão durante uma explosão provocada por um ataque israelita, na segunda-feira, voltou em direto, minutos depois, num novo estúdio. 

 

O momento tornou-se viral nas redes sociais e a apresentadora da IRIB está a ser considerada um ícone no Irão, onde é apelidada de "heroína". 

Sahar Emami estava em direto quando uma explosão atingiu o seu estúdio, fazendo-a correr, enquanto destroços caíam e pessoas gritavam "Allahu Akbar" ("Deus é grande"). Pouco depois, voltou ao ar num outro estúdio. Viria ainda a juntar-se a outros colegas para gritar "morte a Israel" ao vivo.

A ação valeu-lhe elogios das autoridades iranianas, incluindo do líder supremo do Irão, Ali Khamenei. Segundo a Sky News, Sahar Emami é casada e mãe de um filho.

A agência de notícias estatal iraniana IRNA informou que pelo menos duas pessoas morreram no ataque - Nima Rajabpour, editora de notícias, e Masoumeh Azimi, membro da equipa administrativa. 

Israel tinha emitido um alerta para a evacuação da zona da capital iraniana onde se encontram os estúdios de TV, uma hora antes dos ataques.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou que a emissora IRIB estava "à beira do desaparecimento" depois de o Exército ter emitido o aviso de evacuação.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão considerou o ataque "o cúmulo da cobardia".

A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.

Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, e o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh.

O Irão retaliou com centenas de mísseis direcionados às cidades de Telavive e Jerusalém.

O conflito já fez centenas de mortos e feridos de ambos os lados.

Leia Também: Governo determina encerramento da embaixada portuguesa em Teerão

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