"Precisamos de um fim real, não um cessar-fogo", disse Trump aos jornalistas a bordo do avião que o levou de volta a Washington, onde aterrou pelas 5h00 locais (10h00 em Lisboa).
Deve haver um "abandono completo" do Irão, insistiu, sem especificar se se referia ao abandono do programa nuclear iraniano ou a qualquer outra coisa, segundo agência de notícias France-Presse (AFP).
Trump regressou mais cedo à capital dos Estados Unidos do Canadá, onde participava na cimeira do G7, que só termina hoje.
Israel tem em curso uma ofensiva contra o Irão desde 13 de junho, que justificou com os progressos do programa nuclear iraniano e a ameaça que a produção de mísseis balísticos por Teerão representa para o país.
Trump confirmou que vai estar na Sala de Crise da Casa Branca hoje de manhã para acompanhar a evolução do conflito entre o Irão e Israel, cujos bombardeamentos mútuos fizeram temer um conflito generalizado.
O Presidente dos Estados Unidos continua a manter um véu de secretismo sobre as intenções de Washington relativamente ao conflito entre o Irão e Israel.
O aliado israelita incita o Presidente a juntar -se aos ataques contra o Irão, mas uma parte da base eleitoral de Trump rejeita qualquer envolvimento dos Estados Unidos num novo conflito.
A bordo do 'Air Force One', Trump disse que estava a considerar enviar o representante especial para o Médio Oriente, Steve Witkoff, e o vice-presidente, JD Vance, como emissários para manter conversações com responsáveis iranianos.
Mas também afirmou que não estava "particularmente disposto a negociar" com Teerão.
Mais uma vez, advertiu o Irão contra qualquer ação que vise os interesses americanos.
"Vamos ripostar com toda a força, não haverá contenção", avisou.
Trump também voltou a atacar o Presidente francês, Emmanuel Macron, a quem acusou de ter afirmado erradamente que os Estados Unidos estavam a trabalhar para um cessar-fogo entre Israel e o Irão.
"Emmanuel é um tipo simpático, mas não tem razão muitas vezes", comentou aos jornalistas no avião.
Desde sexta-feira, os aviões israelitas atacaram infraestruturas militares, como sistemas de defesa aérea e instalações de armazenamento de mísseis balísticos, bem como centrais nucleares, nomeadamente em Natanz, Isfahan e Fordo.
Foram também mortos altos responsáveis dos Guardas da Revolução, das forças armadas e cientistas nucleares.
No Irão, os ataques causaram pelo menos 229 mortos, segundo um balanço do Governo de Teerão.
Em Israel, os lançamentos de mísseis iranianos de resposta à ofensiva mataram pelo menos 24 pessoas, segundo as autoridades israelitas.
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