Considerado um "independentista" pelas autoridades chinesas, Lai fez estas declarações durante um encontro com congressistas norte-americanos em Taipé, onde sublinhou que a coprodução e o desenvolvimento conjunto de armas permitirão "aprofundar ainda mais as trocas e a cooperação na indústria de defesa".
"Taiwan tem uma determinação inabalável para salvaguardar a paz e a estabilidade na região do Indo-Pacífico (...). Será também dada prioridade à atribuição de um orçamento especial para que este ano os gastos em defesa ultrapassem os 3% do PIB", afirmou o líder taiwanês, segundo nota da presidência do arquipélago.
O democrata Ami Bera --- que, juntamente com Mario Díaz-Balart, foi o primeiro congressista dos Estados Unidos a visitar Taiwan após a vitória de Lai nas eleições de janeiro do ano passado --- considerou que "este é um momento crucial não só para as relações entre Taiwan e os Estados Unidos, mas para as relações internacionais em geral".
"Face aos conflitos na Europa e no Médio Oriente, o bloco democrático tem a responsabilidade de manter a paz na Ásia", disse Bera, que chegou hoje a Taiwan acompanhado por outros cinco deputados do Partido Democrata.
As visitas de representantes norte-americanos a Taiwan têm sido constantes nos últimos anos, mantendo-se mesmo após a crise entre Pequim e Washington provocada pela visita à ilha, em agosto de 2022, da então presidente da Câmara dos Representantes dos EUA, Nancy Pelosi, que enfureceu a China.
Há mais de sete décadas que os Estados Unidos estão no centro das disputas entre os dois lados do Estreito de Taiwan, sendo Washington o principal fornecedor de armamento a Taipé e, apesar de não manter relações diplomáticas oficiais com o arquipélago, poderiam intervir em caso de conflito com Pequim.
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