A esposa do senador do Minnesota John Hoffman, Yvette Hoffman, considerou que tanto ela, como o marido têm “muita sorte” por estarem vivos, depois de terem sido baleados nove e oito vezes, respetivamente, por Vance Boelter, que foi, entretanto, detido pelas autoridades.
“Antes de mais, o John e eu estamos profundamente gratos pelo trabalho das nossas forças policiais e do público pela ajuda em levar o suspeito à justiça, mantendo diligentemente as nossas comunidades seguras durante este acontecimento extremamente difícil e sem sentido”, lê-se, num comunicado citado pela CBS News.
E complementou: “O John e eu temos muita sorte por estarmos vivos. Continuamos a nossa caminhada de recuperação e sentimo-nos humildes com a efusão de amor e apoio que a nossa família tem recebido de todo o estado e da nossa nação.”
Yvette Hoffman considerou ainda que “não há lugar para a violência política sem sentido e para a perda de vidas”, ao mesmo tempo que confessou que a família está devastada “com a perda de Melissa e Mark”.
“Os nossos corações estão com todos aqueles que os conheciam e amavam. Estamos sempre no nosso melhor quando nos unimos”, rematou.
Recorde-se que Boelter é suspeito de ter matado a congressista Melissa Hortman e o seu marido, Mark, no sábado, um crime que o governador Tim Walz descreveu como um "assassinato com motivações políticas". Também baleou outro legislador democrata, o senador John Hoffman, e a sua mulher Yvette, que estavam em casa, a alguns quilómetros de distância.
De acordo com Walz, Hoffman já foi submetido a uma última cirurgia e está a recuperar.
Depois de ter sido confrontado pelas autoridades na residência de Hortman, em Brooklyn Park, Boelter fugiu a pé, tendo deixado para trás um veículo que se assemelhava a um SUV da polícia, com luzes intermitentes, e que continha uma lista de alvos de outros políticos e instituições.
Ao revistar o automóvel, a polícia deparou-se com três espingardas AK-47, uma pistola de 9 mm e uma lista com nomes de outros funcionários públicos, incluindo as moradas.
Com base numa informação de que Boelter estava perto da sua casa, em Green Isle, mais de 20 equipas da Força de Intervenção de Elite vasculharam a zona, com a ajuda de aeronaves de vigilância. O homem estava armado, mas rendeu-se sem disparar.
A operação, que contou com centenas de detetives e várias agências federais, estaduais e locais, foi a maior caça ao homem na história daquele estado, disse o chefe de polícia de Brooklyn Park, Mark Bruley.
Boelter enfrenta duas acusações de homicídio em segundo grau e duas acusações de tentativa de homicídio em segundo grau. Três destas acusações são puníveis com penas de prisão de até 40 anos.
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