Costa diz que 3% ou 5% de gasto em Defesa "não é um número mágico"

O presidente do Conselho Europeu defendeu hoje que a União Europeia não precisa de 27 grandes Forças Armadas, mas de um "robusto sistema de defesa coletivo", considerando que o objetivo de gasto em Defesa "não é um número mágico".

António Costa

© Carlos Alvarez/Getty Images

Lusa
16/06/2025 12:11 ‧ há 6 horas por Lusa

Mundo

NATO

"Nós não precisamos de 27 grandes Forças Armadas, o que precisamos é de um robusto sistema de defesa coletivo e para isso nós temos que trabalhar com base nos planos da NATO e nas prioridades definidas pela Agência Europeia de Defesa", sustentou António Costa, durante uma conversa com o antigo-primeiro-ministro e antigo presidente da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, na conferência "Europa e Relações Transatlânticas", organizada em Lisboa pelo canal Now.

 

Para Costa, a discussão sobre o objetivo de investimento em Defesa no âmbito da NATO, "sobre 5%, 3%" do produto interno bruto (PIB) é "uma má forma de tratar o assunto, porque o que interessa não é um número mágico".

O ex-primeiro-ministro socialista considerou que a Europa tem de "definir quais são as capacidades prioritárias" de investimento.

"Quais são as capacidades que nós temos que preencher rapidamente para assegurarmos a nossa defesa coletiva? E é nisso que temos que ter um plano de investimento", afirmou.

"É aí que nos devíamos focar e termos de facto uma estrutura europeia, que pode e deve ser no âmbito da NATO", algo que exige negociação com os Estados Unidos, referiu.

A União Europeia, defendeu, "deve continuar a ser a entidade política, mas não deve duplicar nem substituir-se àquilo que é a instituição militar que existe, que é a NATO", destacando a necessidade de "não descredibilizar a capacidade dissuasora do artigo 5.º" da Aliança Atlântica, que estabelece o princípio da defesa coletiva.

Para Costa, o que a UE deveria estar a discutir é "como é que na próxima década a Europa vai progressivamente assumido cada vez maior responsabilidades e desonerando cada vez mais os Estados Unidos" no âmbito da NATO.

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