Amy Siewe era uma agente imobiliária de sucesso, mas depois de ter capturado uma píton no Parque Nacional Everglades, na Florida, nos Estados Unidos, descobriu uma nova paixão. Largou o emprego e tornou-se caçadora de pítons.
"Tinha um fascínio por cobras. Por isso, quando soube que havia um problema com pítons aqui na Florida, fui à caça e apanhei uma píton de 2,75 metros. Pronto, fiquei viciada", contou Amy Siewe à agência Reuters.
Mudou-se do Indiana para a Florida e já conta com mais de 600 pítons mortas no currículo. No Estado é conhecida como a caçadora de pítons, até por ser uma das poucas mulheres – entre centenas de homens – que caçam a píton birmanesa, uma espécie invasora no ecossistema dos pântanos de Everglades.
"Esta píton tem cerca de três metros de comprimento. Deve ter cerca de três anos e, até à data, já comeu cerca de 200 dos nossos animais nativos, incluindo mamíferos e aves", afirmou a caçadora de pítons, enquanto ‘lutava’ com uma cobra que acabou de capturar, a meio da noite.
As pítons birmanesas têm vindo a espalhar-se pelo Parque Nacional Everglades desde o furacão Andrew, em 1992, que destruiu uma infraestrutura de criação destes animais, libertando cerca de 900 cobras.
Como não é legal transportar as pítons vivas, estas cobras, caçadas durante a noite, são mortas no local depois de serem capturadas e medidas.
Já com os animais mortos em casa, Amy Siewe esfola-as e aproveita a pele para ser transformada em cabedal e usada em bolsas, carteiras, braceletes para relógios entre outros artigos.
Em média, são necessárias 12 horas para apanhar uma cobra.
"Por isso não é assim tão eficaz. Vamos ter sempre pítons na Florida. O que estamos a tentar fazer é descobrir como diminuir o número. A caça, neste momento, é a ferramenta mais eficaz que temos", acrescentou a caçadora de pítons.
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