Taiwan. Ex-militares de EUA e Japão em exercício contra possível agressão

Um grupo de reflexão ('think tank') de Taiwan iniciou hoje um exercício de guerra de dois dias com generais aposentados dos Estados Unidos e do Japão, para simular a defesa da ilha perante um eventual ataque da China continental.

taiwan flag, bandeira

© Getty Images

Lusa
10/06/2025 08:31 ‧ ontem por Lusa

Mundo

Taiwan

Entre os convidados estão nove generais e oito tenentes-generais aposentados de Taiwan, EUA e Japão.

 

Entre eles figuram Michael Mullen, que foi 17.º presidente do Estado-Maior Conjunto dos EUA entre 2007 e 2011, e Dennis Blair, ex-diretor de inteligência nacional dos EUA, segundo agência de notícias CNA.

Também participam Takei Tomohisa, antigo chefe do Estado-Maior da Força Marítima de Autodefesa do Japão, e o general aposentado da Força Aérea japonesa Shigeru Iwasaki, de acordo com a mesma fonte.

O exercício visa analisar "a viabilidade da estratégia militar e dos conceitos operacionais de Taiwan" face ao uso da força por Pequim contra a ilha previsto até 2030.

Os participantes foram divididos em cinco grupos, representando a China continental, Taiwan, os EUA e o Japão, além de um grupo de controlo, segundo a CNA.

Serão apresentados diferentes cenários que envolvem "assédio, provocações e agressões contra Taiwan" por parte de Pequim, e os participantes simularão a resposta da ilha, avaliando se os EUA e o Japão poderiam ajudar e de que forma o fariam.

A CNA destacou a necessidade de Taiwan "utilizar métodos internacionais de simulação de guerra para avaliar a dinâmica de segurança no Pacífico Ocidental, analisar ações militares potenciais do Exército de Libertação Popular (Exército chinês) e examinar possíveis respostas de Taiwan".

Pequim considera Taiwan parte do seu território, a ser reunificado pela força se necessário. A maioria dos países, incluindo EUA e Japão, não reconhecem a ilha como Estado independente, mas Washington é contrário a qualquer alteração unilateral ao status quo.

Os EUA comprometem-se a fornecer armamento a Taipé para a defesa da ilha e são o seu maior fornecedor de armas. Contudo, mantém uma postura de "ambiguidade estratégica" sobre se interviriam diretamente em caso de ataque.

Desde que o líder taiwanês William Lai assumiu o cargo em maio do ano passado, as tensões no Estreito de Taiwan aumentaram, com o Exército de Libertação Popular a realizar vários exercícios militares em larga escala à volta da ilha.

Lai tem insistido na necessidade de reforçar as capacidades de defesa de Taiwan, incluindo o desenvolvimento de veículos aéreos não tripulados ("drones") militares, realização de exercícios de defesa, simulações militares de grande escala e mobilização de recursos civis para enfrentar riscos de ataque.

Leia Também: Taiwan deteta segunda "patrulha" militar chinesa (em menos de uma semana)

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