Rússia ensaia lançamentos virtuais de mísseis em manobras no Báltico

A Marinha russa praticou esta quarta-feira lançamentos virtuais de mísseis de cruzeiro durante manobras navais no Mar Báltico, que começaram na véspera com a participação de mais de 20 navios, além de aviões e helicópteros, anunciou a Frota do Báltico.

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© Marinha Portuguesa

Lusa
28/05/2025 18:03 ‧ ontem por Lusa

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"Os sistemas de mísseis 'Bal' e 'Bastion' localizaram o navio inimigo, ativaram os sistemas de combate e executaram ações para atacar um alvo virtual com mísseis por meio de lançamentos eletrónicos", refere o comunicado militar, citado pela agência noticiosa russa Interfax.

 

Os sistemas 'Bastion', costeiros, estão equipados com até 36 mísseis de cruzeiro supersónicos 'Onyx', enquanto os sistemas 'Bal' se distinguem pela manobrabilidade e capacidade de atacar alvos 'offshore' a distâncias até 120 quilómetros.

A Marinha russa acrescentou que, durante o exercício, os aviões da força aérea marítima praticaram o bombardeamento de um navio que atacava um navio mercante, uma clara referência à defesa de um petroleiro.

Além disso, os marinheiros encarregados dos sistemas de mísseis e de artilharia e dos sistemas de barragem de minas do navio 'Lev Chernavin' abriram fogo de artilharia contra um potencial inimigo.

Os navios que participaram nos exercícios também praticaram tiro contra alvos que imitavam 'drones' aquáticos.

Os exercícios, que envolveram cerca de 3.000 homens, 25 aviões e helicópteros e até 70 equipas militares, bem como fragatas, corvetas, navios-tanque, rebocadores e todo o tipo de embarcações de apoio, começaram na terça-feira.

O conselheiro do Kremlin Nikolai Patrushev acusou hoje o Ocidente de pressionar a Rússia com sanções e de "criar tensões no Mar Báltico através de provocações" com os seus planos para bloquear a navegação russa nos estreitos internacionais.

"Nestas condições, somos obrigados a tomar, e já estamos a tomar, medidas de resposta", afirmou.

Há duas semanas, a Marinha estónia tentou parar um navio-tanque sem bandeira, que descreveu como parte integrante de uma 'frota fantasma' utilizada pela Rússia para escapar às sanções ocidentais.

O petroleiro não parou e um caça russo apareceu para o escoltar, violando o espaço aéreo da Estónia.

Na sequência do incidente, um petroleiro de propriedade grega, com pavilhão liberiano, que tinha partido do porto estónio de Sillamäe, foi retido em águas russas no Mar Báltico e só conseguiu retomar a sua rota para Roterdão no dia seguinte.

Relativamente a estes acontecimentos, o Kremlin declarou na semana passada que a Rússia defenderá a navegação dos seus navios com todos os meios à sua disposição.

Leia Também: Lavrov revela detalhes sobre nova ronda de negociações com Kyiv

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