Novo sistema de ajuda em Gaza começou a distribuir alimentos

O novo sistema de ajuda em Gaza abriu hoje os seus primeiros centros de distribuição e começou a entregar alimentos no enclave palestiniano, alvo de um bloqueio israelita de quase três meses, adiantou um grupo apoiado pelos Estados Unidos.

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Lusa
26/05/2025 23:16 ‧ ontem por Lusa

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Médio Oriente

A Fundação Humanitária de Gaza está a assumir a gestão da ajuda, apesar das objeções das Nações Unidas, e o grupo disse que camiões de alimentos, sem especificar quantos, foram entregues nos seus centros e que a distribuição aos palestinianos começou.

 

"Mais camiões com ajuda serão entregues amanhã [terça-feira], com o fluxo de ajuda a aumentar a cada dia", destacou este grupo, em comunicado citado pela agência Associated Press (AP).

A ONU e os grupos de ajuda humanitária opuseram-se ao novo sistema, que é apoiado por Israel e pelos Estados Unidos. Afirmam que Israel está a tentar usar a comida como arma e dizem que um novo sistema não será eficaz.

Israel pressionou para um plano alternativo de entrega de ajuda porque diz que deve impedir o Hamas de confiscar a ajuda. A ONU negou que o grupo militante tenha desviado grandes quantias.

A fundação iniciou as suas operações um dia após a demissão do seu diretor executivo. Jake Wood, norte-americano, disse que era claro que a fundação não teria permissão para operar de forma independente.

De acordo com a AP, também não é claro quem está a financiar o grupo, que é composto por ex-oficiais humanitários, governamentais e militares.

A organização referiu que os seus pontos de distribuição serão protegidos por empresas de segurança privadas e que a ajuda chegaria a um milhão de palestinianos --- cerca de metade da população de Gaza --- até ao final da semana.

Sob pressão dos aliados, Israel começou a permitir a entrada de ajuda humanitária em Gaza na semana passada, depois de ter bloqueado a entrada de alimentos, medicamentos, combustível e outros bens desde o início de março.

Os grupos de ajuda humanitária alertaram para a fome e dizem que a ajuda recebida não é suficiente para satisfazer as necessidades crescentes.

O Hamas alertou hoje os palestinianos para não cooperarem com o novo sistema de ajuda.

O conflito em Gaza foi desencadeado por um ataque sem precedentes realizado em 07 de outubro de 2023, no sul de Israel, por comandos do Hamas infiltrados na vizinha Faixa de Gaza.

Em 17 de maio, Israel intensificou a sua ofensiva com o objetivo declarado de libertar os restantes reféns, assumir o controlo de toda a Gaza e aniquilar o Hamas, que tomou o poder no território palestiniano em 2007.

No norte da Faixa de Gaza, alvo de novos bombardeamentos israelitas, 33 palestinianos, a maioria crianças, foram mortos na escola Fahmi Al-Jarjaoui, na Cidade de Gaza, e 19 num ataque a uma casa em Jabalia, segundo a Defesa Civil local.

O exército israelita disse que teve como alvo terroristas na zona da escola.

A escalada israelita e o sofrimento dos civis palestinianos em Gaza, que enfrentam escassez de alimentos, água e medicamentos, estão a alimentar uma crescente indignação internacional.

O ataque de 07 de outubro resultou na morte de 1.218 pessoas do lado israelita, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.

Das 251 pessoas raptadas durante o ataque, 57 permanecem em Gaza, incluindo pelo menos 34 mortos, segundo as autoridades israelitas.

Mais de 53.977 pessoas, a maioria civis, foram mortas na campanha de represália israelita, de acordo com dados do Ministério da Saúde do Hamas, considerados credíveis pela ONU.

Leia Também: Netanyahu promete recuperar todos os reféns em Gaza

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