"Podem ter a certeza de que estamos solidários convosco e com a Dinamarca", declarou o chefe do Governo norueguês, Jonas Gahr Støre, ao primeiro-ministro da Gronelândia, numa conferência de imprensa.
Os dirigentes dos países nórdicos (Finlândia, Noruega, Suécia, Dinamarca e Islândia), dos territórios autónomos dinamarqueses da Gronelândia e das Ilhas Faroé e das Ilhas Aland (Finlândia) reuniram-se em Turku, na Finlândia, para debater questões de segurança e de competitividade económica.
"Faremos passar esta mensagem em todo o lado: em Washington, Bruxelas, Pequim e noutros locais. O Ártico é uma zona regulamentada. Aplica-se o direito do mar, aplica-se a responsabilidade dos Estados costeiros, e apoiaremos qualquer comunidade que se sinta pressionada quanto a estes valores", afirmou o primeiro-ministro norueguês.
Donald Trump declarou várias vezes que queria anexar a Gronelândia, ilha rica em recursos naturais e estrategicamente situada, invocando razões de segurança e recusando-se a excluir a hipótese de recurso à força.
Tais declarações causaram preocupação noutras regiões próximas do Ártico, nomeadamente na Islândia e no arquipélago norueguês de Svalbard.
Elas provocaram também fortes tensões com os líderes dinamarquês e gronelandês, que insistiram que o território ártico decidirá o seu próprio futuro e que os Estados Unidos "não vão ficar com a Gronelândia".
"A Islândia situa-se logo abaixo da Gronelândia. Somos um país pequeno. É muito importante para nós que seja enviada uma mensagem forte a partir desta região, afirmando que o direito internacional é respeitado e que a lei do mais forte não se transforma em Estado de direito", afirmou a primeira-ministra islandesa, Kristrún Frostadóttir, na mesma conferência de imprensa.
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