Moscovo acusa UE e Londres de exigirem "histericamente" apoio aos EUA

A Rússia acusou hoje a UE e o Reino Unido de exigirem "histericamente" que os Estados Unidos apoiem o agravamento das sanções ocidentais a Moscovo, devido ao impasse negocial sobre a guerra na Ucrânia.

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Lusa
21/05/2025 16:29 ‧ há 8 horas por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Num discurso na Universidade Russo-Arménia, em Erevan, o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, elencou a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, o Presidente francês, Emmanuel Macron, e o primeiro-ministro britânico, Keith Starmer, "que agora exigem histericamente que os Estados Unidos se juntem a ações antirrussas e aumentem o número de sanções".

 

O chefe da diplomacia de Moscovo salientou que, na conversa telefónica mantida na segunda-feira, os líderes da Casa Branca, Donald Trump, e do Kremlin, Vladimir Putin, concordaram trabalhar "em medidas concretas para um acordo duradouro e sólido", que incluiria a opção de um cessar-fogo.

"O que fez a UE? Anunciou a aprovação do 17.º pacote [de sanções]. Isto significa que queriam uma escalada da crise", acusou Lavrov, argumentando que os países europeus pretendem uma trégua sem pré-condições para "rearmar a Ucrânia".

O ministro russo insistiu na alegação do Kremlin que, em abril de 2022, dois meses após o início da invasão da Ucrânia, Moscovo e Kyiv chegaram a um acordo em Istambul, mas "o Ocidente proibiu os ucranianos de assinarem" o suposto entendimento.

"É por isso que nos estão a dizer agora: 'Vamos fazer uma trégua e depois logo se vê'. Não, já passámos por isso e não queremos mais", declarou.

O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, afastou na terça-feira a imposição imediata de sanções adicionais à Rússia, sustentando que mais pressão podia prejudicar as conversações de paz com a Ucrânia.

Ouvido numa comissão no Senado, Rubio referiu que Trump "acredita que, se começar a ameaçar com sanções, os russos vão parar de conversar" e defendeu que há vantagem em manter o diálogo e "convencê-los a sentar-se à mesa das negociações".

No entanto, o chefe da diplomacia norte-americano alertou que Washington poderá impor novas restrições económicas à Rússia se constatar a falta de interesse num acordo de paz duradouro com Kyiv, ressalvando que nenhuma sanção em vigor foi suspensa.

Um dia depois de Putin e Trump terem discutido um roteiro para um acordo na Ucrânia, o Conselho da União Europeia aprovou o 17.º pacote de sanções contra a Rússia, visando em particular a chamada "frota fantasma", que ajuda clandestinamente Moscovo a contornar o comércio do petróleo, e organizações e indivíduos russos e estrangeiros envolvidos.

A UE sancionou também mais de 45 empresas e indivíduos russos que fornecem drones, armas, munições, equipamento militar, componentes críticos e apoio logístico ao Exército russo, além de 27 pessoas e entidades envolvidas em ataques híbridos contra o Ocidente.

No mesmo dia, o Governo britânico anunciou também cem novas sanções contra os setores militar, energético e financeiro da Rússia, depois de o Kremlin ter lançado ataques com centenas de drones contra a Ucrânia.

Leia Também: Ucrânia? "Ninguém tem interesse em arrastar o processo", afirma Peskov

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