"Esta manhã, foi imposta a pena de morte ao agressor da embaixada do Azerbaijão em Teerão", avançou a agência de notícias do poder judicial iraniano Mizan, sem adiantar a forma utilizada para a execução.
A execução do agressor, que não foi identificado, foi aprovada pelo Supremo Tribunal do Irão.
O Irão registou o maior número de execuções no mundo em 2024, com pelo menos 901 sentenças de morte executadas, de acordo com dados da ONU.
As acusações contra o agressor incluíam homicídio premeditado, posse e uso ilegal de armas de fogo (uma Kalashnikov e uma pistola) e perturbação da paz.
O indivíduo realizou o ataque à embaixada do Azerbaijão em Teerão com uma espingarda automática Kalashnikov no final de janeiro de 2023, resultando na morte de um cidadão azeri e dois feridos.
Durante o julgamento, e de acordo a Mizan, o agressor alegou que a sua mulher tinha entrado na embaixada em abril de 2022 e nunca mais tinha regressado a casa. Acreditando que ela se mantinha dentro da missão diplomática e se recusava a vê-lo, decidiu realizar o ataque.
O incidente gerou tensões entre o Irão e o Azerbaijão, tendo Baku culpado Teerão por não ter proporcionado segurança adequada à embaixada e decidido encerrar a missão diplomática.
As relações entre os dois países já estavam tensas após a expulsão de quatro diplomatas iranianos do Irão, em 2023, que foram declarados 'persona non grata' pelas suas "atividades provocatórias".
No entanto, as relações entre os dois países, que partilham uma fronteira de 450 quilómetros, têm vindo a melhorar, e o Presidente azeri, Ilham Aliyev, e o falecido Presidente iraniano Ebrahim Raisi inauguraram uma barragem conjunta na fronteira em maio de 2024.
O Azerbaijão também reabriu a sua embaixada em Teerão em julho passado, depois de o Irão ter tomado "medidas apropriadas para garantir a segurança".
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