Primeiro transplante de bexiga do mundo realizado com sucesso nos EUA

Cirurgiões realizaram nos Estados Unidos, com sucesso, um transplante de bexiga humana, uma inovação a nível mundial que pode ser um ponto de viragem para os doentes que sofrem de distúrbios graves da bexiga.

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Lusa
20/05/2025 02:44 ‧ há 10 horas por Lusa

Mundo

Saúde

Oscar Larrainzar, de 41 anos, que faz diálise há sete anos, foi o beneficiário do transplante.

 

O homem teve de remover grande parte da bexiga há vários anos devido a um cancro e depois teve os dois rins removidos, explicou a Universidade da Califórnia Los Angeles (UCLA), uma das duas universidades envolvidas, num comunicado.

Larrainzar recebeu uma bexiga e um rim --- do mesmo dador --- durante uma operação de aproximadamente oito horas, realizada no início de maio, no hospital Ronald Reagan UCLA, em Los Angeles, na Califórnia (sudoeste).

"Os cirurgiões primeiro transplantaram o rim, depois a bexiga e depois ligaram o rim à nova bexiga utilizando a técnica que desenvolveram", disse a universidade.

Os resultados foram encorajadores e quase instantâneos, disse um dos cirurgiões, Nima Nassiri.

"O rim produziu imediatamente um grande volume de urina e a função renal do paciente melhorou imediatamente", disse, em comunicado.

"Não foi necessária diálise após a operação e a urina fluiu corretamente para a nova bexiga", acrescentou Nima Nassiri.

"Esta cirurgia representa um momento histórico na medicina e pode transformar o tratamento de doentes com bexigas que já não funcionam", insistiu Inderbir Gill, que coliderou a operação.

Os transplantes de bexiga são considerados muito complexos, principalmente devido às dificuldades de acesso à área e ao grande número de vasos sanguíneos.

Por conseguinte, aos doentes era apenas oferecida a reconstrução artificial da bexiga com recurso a um tubo digestivo ou a inserção de uma bolsa de ostomia, uma prótese externa capaz de recolher a urina.

Estas intervenções são eficazes, mas acarretam "inúmeros riscos a curto e longo prazo", disse Gill.

Nima Nassiri e Inderbir Gill trabalhavam há anos no desenvolvimento de uma técnica cirúrgica para permitir transplantes de bexiga.

O primeiro transplante ocorre após mais de quatro anos de preparação e deve ser seguido por outros, como parte de um ensaio clínico que deve permitir avaliar os benefícios e os riscos deste tipo de operação.

Leia Também: Rita era (só) cliente do restaurante de Pedro. Acabou a doar-lhe um rim

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